Entenda a nova estrutura de impostos | Foto: reprodução
08 de junho de 2025 – A reforma tributária aprovada pela Emenda Constitucional inicia neste ano o período de transição para, até 2033, substituir os atuais ICMS, ISS, PIS e COFINS por novos tributos. O objetivo é simplificar o sistema e reduzir a guerra fiscal entre estados e municípios.
O IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) tomará o lugar de ICMS e ISS, partilhado entre governos estaduais e municipais. Já PIS e COFINS serão extintos em 2027, dando espaço ao CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e ao IS (Imposto Seletivo). Somados, IBS e CBS formarão um IVA dual — modelo inspirado no sistema canadense, com arrecadação compartilhada por estados, Distrito Federal e municípios.
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Com o Split Payment, o imposto será calculado e recolhido automaticamente no momento da venda. “A empresa receberá só o valor líquido, sem segurar o tributo até a data de pagamento”, explica Calil Gedeon, CFO da Monkey. Para manter o capital de giro, ele recomenda antecipação de recebíveis como estratégia-chave.
O Brasil já figura entre os países com maior alíquota de IVA global (até 28%). Para o tributarista Ronaldo Dias, o imposto incide sobre o valor agregado em cada etapa da cadeia. A mudança no ponto de recolhimento — agora no destino da compra — deve reduzir manobras envolvendo benefícios fiscais.
Segundo Felipe Dal Salto, líder fiscal da Zapping Group, mapear fornecedores, centros de distribuição e clientes será essencial: “A eficiência logística garante competitividade no novo cenário”. Ele destaca que, com IBS e CBS, empresas do Simples Nacional e do Lucro Presumido também poderão usar créditos tributários — algo restrito hoje ao Lucro Real.
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