Rendimento médio cresce e alcança marca histórica | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
08 de maio de 2025 — O rendimento médio real da população brasileira atingiu R$ 3.057 em 2024, o maior valor desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, iniciada em 2012. O montante considera rendas provenientes do trabalho, aposentadorias, programas sociais, aluguéis, aplicações financeiras e bolsas de estudo.
O valor superou o recorde anterior, de R$ 2.974, e representa crescimento de 2,9% em relação a 2023 e de 3,3% frente a 2019, último ano antes da pandemia. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além do aumento do rendimento real — ou seja, descontada a inflação — também cresceu a parcela da população com alguma fonte de renda. Em 2024, 66,1% dos brasileiros (143,4 milhões de pessoas) declararam possuir algum rendimento, contra 64,9% em 2023.
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Segundo o analista do IBGE, Gustavo Fontes, o avanço foi puxado principalmente pela alta nos rendimentos do trabalho. Em 2024, 47% da população com 14 anos ou mais teve rendimento recorrente por trabalho — o maior índice já registrado — o que equivale a 101,9 milhões de brasileiros. Em 2023, essa fatia era de 46%.
O rendimento médio recebido pelo trabalho também bateu recorde: R$ 3.225, superando os R$ 3.160 de 2020. A composição da renda total dos domicílios revela que 74,9% vêm do trabalho e 25,1% de outras fontes.
Outros destaques da Pnad Contínua:
A categoria “outros rendimentos” teve o maior crescimento em relação a 2023: alta de 12%.
A massa de rendimento médio mensal domiciliar per capita atingiu R$ 438,3 bilhões em 2024, o maior valor desde o início da série histórica. O número representa um aumento de 5,4% em comparação a 2023 (R$ 415,7 bilhões) e de 15% frente a 2019 (R$ 381,1 bilhões).
A Região Sudeste lidera com R$ 217,4 bilhões (49,6% do total). Sul (R$ 77,3 bilhões) e Nordeste (R$ 76,9 bilhões) vêm em seguida. Centro-Oeste (R$ 40 bilhões) e Norte (R$ 26,7 bilhões) têm as menores participações.
Os maiores crescimentos na massa de rendimento ocorreram nas regiões Sul (11,9%) e Nordeste (11,1%). Já no Sudeste o crescimento foi mais tímido: 2,3%.
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