Inflação da cesta básica compromete mais de 53% do salário em Fortaleza | Foto: Diogo Florido
08 de maio de 2025 — Em abril de 2025, a inflação de 2,62% registrada na cesta básica de Fortaleza impactou diretamente o orçamento dos trabalhadores. Para adquirir os 12 itens essenciais que compõem a cesta, foi necessário desembolsar R$ 746,52, o que corresponde a 108 horas e 11 minutos de trabalho, com base no salário mínimo vigente de R$ 1.518,00.
O DIEESE destaca que, considerando os descontos da Previdência Social, o trabalhador que recebe um salário mínimo líquido comprometeu 53,17% da renda apenas com alimentação básica individual. Para uma família padrão (dois adultos e duas crianças), o gasto chegou a R$ 2.239,56.
Os produtos com maiores aumentos foram o tomate (15,44%), o café (6,09%) e a banana (2,16%). Já as maiores quedas vieram do arroz (-2,59%), da farinha (-2,26%) e do açúcar (-0,47%).
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Na comparação semestral, o custo da cesta em Fortaleza subiu 16,40%, e no acumulado de 12 meses, 4,46%. Os alimentos que mais encareceram em seis meses foram o tomate (116,35%), o café (48,10%) e o óleo (14,90%). No ano, o café teve a maior alta (93,31%), seguido da carne (29,26%) e do óleo (25,63%).
O DIEESE também aponta que o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os itens da cesta básica aumentou para 108h55min. Já o salário mínimo ideal para suprir todas as despesas básicas de uma família deveria ser de R$ 7.638,62 — cinco vezes o salário mínimo atual.
Entre as capitais, São Paulo teve a cesta mais cara (R$ 909,25), seguida por Florianópolis (R$ 858,20) e Rio de Janeiro (R$ 849,70). Fortaleza ocupa a 11ª posição entre as 17 capitais analisadas.
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