Carla Zambelli após a leitura do relatório final da CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro | Foto: reprodução/Agência Brasil
08 de junho de 2025 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (7) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) inicie imediatamente o cumprimento da pena de 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão converte a prisão da parlamentar de preventiva para definitiva, consolidando o trânsito em julgado da condenação.
Além da prisão, Moraes determinou a perda do mandato de Zambelli e ordenou o envio da documentação à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para a declaração oficial de extinção do mandato parlamentar.
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A decisão de Moraes inclui ainda o encaminhamento, pela Secretaria Judiciária do STF, dos documentos ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para solicitação formal de extradição da deputada. Carla Zambelli deixou o Brasil duas semanas após a condenação e fixou residência em país europeu, aproveitando-se de sua cidadania italiana para tentar escapar da justiça brasileira.
Zambelli foi incluída na lista de procurados da Interpol e pode ser presa no exterior a qualquer momento.
A condenação de Zambelli foi confirmada pela Primeira Turma do STF, por unanimidade, em maio. Ela foi considerada autora intelectual da invasão ao sistema do CNJ, em parceria com o hacker Walter Delgatti Netto, com o objetivo de manipular dados judiciais, incluindo a criação de um mandado de prisão falso contra o próprio ministro Moraes.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os crimes tinham motivação política e midiática, com o objetivo de desestabilizar o Poder Judiciário e incitar atos antidemocráticos. A sentença impôs ainda inelegibilidade e multa de R$ 2 milhões à parlamentar.
Carla Zambelli também responde a outro processo criminal no STF, referente ao episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A maioria dos ministros já votou pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, mas um pedido de vista do ministro Nunes Marques adiou o desfecho do caso.
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