Justiça espanhola avança no combate ao racismo no futebol | Foto: Reuters/Jennifer Lorenzini
16 de junho de 2025 — A Justiça da Espanha condenou nesta segunda-feira (16) quatro pessoas à prisão por envolvimento no ato racista contra o jogador brasileiro Vinicius Jr., ocorrido em janeiro de 2023. A sentença foi divulgada em comunicado oficial pela LaLiga, organizadora do Campeonato Espanhol.
Segundo decisão da Corte Provincial de Madri, três réus foram condenados a 14 meses de prisão por crimes de ódio e ameaças, enquanto o quarto recebeu pena de 22 meses, agravada pela divulgação das imagens do crime nas redes sociais.
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O caso aconteceu antes da partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid, pelas quartas de final da Copa do Rei. Um boneco com o rosto de Vini Jr. foi pendurado em uma ponte, simulando um enforcamento, ao lado de uma faixa com os dizeres “Madri odeia o Real”.
A imagem gerou repercussão internacional e acendeu o alerta para a repetição de abusos racistas sofridos pelo jogador brasileiro, que já havia sido vítima em estádios como o Camp Nou, Wanda Metropolitano e em Valladolid.
Além das penas de prisão, os condenados também foram multados: o réu com pena maior pagará €1.084 (cerca de R$ 7 mil) e os demais €720 (cerca de R$ 4,6 mil) cada. Eles ainda foram submetidos às seguintes sanções adicionais:
Todos os réus assinaram uma carta de desculpas direcionada a Vini Jr., ao Real Madrid, à LaLiga e à Federação Espanhola, o que contribuiu para a redução da pena. Eles também devem cumprir um programa de formação sobre igualdade racial e não discriminação, condição para a suspensão das penas de prisão.
A LaLiga comemorou a sentença como um avanço no combate ao racismo no futebol espanhol:
“Esta decisão representa um passo importante na luta contra o ódio e a discriminação no esporte”, afirmou a entidade.
A denúncia que originou o processo partiu da própria organização, que prometeu seguir atuando para erradicar o racismo dos estádios e da sociedade.
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