Pedido visa esclarecer divergências entre depoimentos | Foto: Isac Nóbrega/PR
16 de junho de 2025 — A defesa do general Braga Netto solicitou nesta segunda-feira (16) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a realização de uma acareação com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo os advogados, há contradições entre os depoimentos prestados por Cid e pelo general que precisam ser apuradas com urgência. A principal divergência diz respeito à acusação de que Braga Netto teria participado do plano golpista “Punhal Verde e Amarelo” e de que teria entregue dinheiro a Cid em uma sacola de vinho para ser repassado a militares do grupo de elite conhecido como “kids pretos”.
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De acordo com os advogados, Mauro Cid não apresentou provas que sustentem suas declarações contra Braga Netto. Para a defesa, a acareação seria uma “diligência complementar necessária à apuração da verdade”.
“Mauro Cid não trouxe aos autos provas que corroborassem suas acusações em face do general Braga Netto”, afirmou a defesa no pedido enviado ao STF.
Além da acareação, os advogados também solicitaram a suspensão da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado, com o argumento de que a defesa precisa de mais tempo para analisar o conjunto probatório anexado ao processo.
Na semana passada, Braga Netto foi interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes e negou qualquer envolvimento com o suposto plano golpista denominado Punhal Verde e Amarelo. Ele também refutou a acusação de ter repassado dinheiro a Cid, em uma sacola de vinho, para distribuição entre militares aliados.
O general está preso desde dezembro de 2024, sob a acusação de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe e de tentar acessar indevidamente informações sobre os depoimentos sigilosos de Mauro Cid.
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