Agente Duplo: Justiça mantém prisão preventiva de Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil do Rio Delegado é acusado de obstrução da Justiça e ligação com contraventores; defesa tentou liberdade provisória, mas pedido foi negado

STF restabelece prisão de Allan Turnowski e Justiça mantém detenção | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

07 maio 2025 — O ex-secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski, teve a prisão preventiva mantida após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (7). A decisão foi tomada pelo juiz Patrick Couto Xerez Sobral, que considerou válido o mandado de prisão emitido após o Supremo Tribunal Federal (STF) restabelecer a detenção.

Turnowski foi preso na última terça-feira (6), após a Segunda Turma do STF revogar decisão anterior do ministro Kassio Nunes Marques, que havia garantido sua liberdade em 2022. A defesa do delegado solicitou o relaxamento da prisão, liberdade provisória ou conversão em prisão domiciliar, mas o juiz manteve a detenção e autorizou apenas o fornecimento de medicação para pré-diabetes e atendimento médico.

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Delegado é acusado de ligação com contraventores e tentativa de obstrução

O histórico do caso remonta a setembro de 2022, quando Turnowski foi preso preventivamente por suspeita de obstrução da Justiça. Na ocasião, ele estava afastado da Polícia Civil para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas a candidatura não prosperou.

Em novembro de 2022, o juiz Bruno Rulière, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ, aceitou denúncia contra o delegado, tornando-o réu. Mesmo fora do cargo, Turnowski era acusado de influenciar decisões da cúpula da Polícia Civil.

Turnowski foi condenado a quase 10 anos de prisão por atuar como agente duplo, favorecendo os contraventores Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio, este último assassinado em novembro de 2020. Segundo as investigações, o delegado utilizava sua posição para proteger interesses criminosos enquanto ainda estava vinculado às forças de segurança.