

Primeira Turma do STF inicia julgamento do núcleo 4 da trama golpista: o que está em jogo | Foto: reprodução
14 de outubro de 2025 – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14) o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete réus integrados ao chamado núcleo 4 da tentativa de golpe de 2022. A acusação atribui ao grupo operações de desinformação e ataques a instituições com o objetivo de abrir caminho para a ruptura da ordem democrática.
O julgamento começa às 9h e terá sessões nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro. A ação penal, originada na denúncia apresentada em fevereiro de 2025, passou a tramitar no STF em março e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
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O procedimento seguirá as regras penais e internas do STF. Veja a ordem prevista:
A previsão é de que as falas de Moraes e do procurador tomem a maior parte do primeiro dia, com a deliberação e leitura de votos se estendendo para a semana seguinte.
Segundo a PGR, o núcleo 4 atuou em operações estratégicas de desinformação para deslegitimar o processo eleitoral e criar instabilidade social. O grupo é composto por sete acusados:
A PGR sustenta que esses agentes sabiam do plano maior da organização e que suas ações contribuíram para gerar clima de instabilidade e preparar terreno para a tentativa de golpe.
O caso tramita na Primeira Turma após mudança nas regras internas do STF em 2023 que restabeleceu a competência desses colegiados para julgar ações penais protocoladas após a alteração normativa. O julgamento fica sob responsabilidade da Turma porque o relator, Alexandre de Moraes, integra esse colegiado.
A Primeira Turma é formada pelos ministros:
As decisões da Turma podem resultar em:
Tanto condenação quanto absolvição permitem a interposição de recursos dentro do próprio STF, conforme previsto no ordenamento processual.
O julgamento do núcleo 4 é o segundo entre os núcleos derivados da investigação sobre a tentativa de golpe. O núcleo 1 — considerado o mais diretamente responsável pela tentativa de ruptura institucional — já resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma. Agora, o STF analisa responsabilidades de grupos que, segundo a PGR, viabilizaram o plano por meio de campanhas de desinformação.
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