Mudança amplia combinações e prepara terreno para a reforma tributária | Foto: SERGIO V S RANGEL / Shutterstock
30 de junho de 2025 — A Receita Federal anunciou que o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) passará por uma mudança histórica a partir de julho de 2026: os novos registros passarão a conter letras e números, formando o chamado CNPJ alfanumérico. A medida visa ampliar a capacidade de identificação de empresas e faz parte da modernização do sistema tributário brasileiro.
O modelo atual, composto por 14 dígitos exclusivamente numéricos, já está próximo do limite de combinações possíveis. Com a inclusão de letras, a nova estrutura manterá os 14 caracteres, mas permitirá um número muito maior de variações.
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A nova tipologia será aplicada apenas às novas inscrições realizadas a partir da data de implantação, como empresas recém-abertas, filiais, condomínios, produtores rurais e profissionais liberais. Empresas com CNPJ já registrado não precisarão fazer nenhuma alteração ou substituição.
A Receita Federal também informou que os sistemas públicos e privados deverão estar prontos para aceitar os dois formatos — o atual e o novo. A expectativa é que a transição ocorra de forma gradual e transparente.
Embora o processo de inscrição permaneça o mesmo, empresas e prestadores de serviço precisarão atualizar seus sistemas internos, como emissores de notas fiscais, softwares de controle tributário e bancos de dados. A adaptação será essencial para evitar falhas operacionais e garantir o cumprimento das obrigações fiscais.
O Dígito Verificador (DV), que valida o número do CNPJ, continuará sendo calculado pelo método Módulo 11, mas passará a considerar letras por meio da conversão para valores numéricos baseados na tabela ASCII.
A Receita Federal disponibilizará ferramentas e códigos em linguagens de programação populares para auxiliar os desenvolvedores nessa adaptação.
A mudança está diretamente relacionada ao novo sistema tributário que começa a ser implementado. O CNPJ alfanumérico será fundamental para a futura operacionalização da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), previstos na reforma. Esses tributos unificam impostos atuais e exigem uma base tecnológica mais robusta e moderna.
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