Migração de dívidas com juros menores começa nesta sexta-feira (16) | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
16 de maio de 2025 — A partir da próxima sexta-feira (16), trabalhadores com carteira assinada já podem migrar dívidas de crédito consignado ou CDC (crédito direto ao consumidor) de outras instituições financeiras para o Crédito do Trabalhador, programa que oferece juros mais baixos.
A mudança amplia o acesso à portabilidade de dívidas, que até então só podia ser feita dentro da mesma instituição financeira. A nova etapa autoriza mais de 70 bancos e instituições participantes a oferecerem a troca de forma direta pelos próprios aplicativos e sites. Por enquanto, a função ainda não está disponível na Carteira de Trabalho Digital.
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O Crédito do Trabalhador foi lançado com o objetivo de substituir dívidas mais caras por alternativas com juros mais acessíveis. Enquanto o CDC tradicional tem taxas médias de 7% a 8% ao mês, o programa oferece empréstimos com juros em torno de 3% ao mês, podendo chegar a 1,6% mensais em algumas instituições.
A medida provisória que criou o programa exige que a troca de dívida gere redução obrigatória das taxas de juros, pelo prazo de 120 dias, até o dia 21 de julho.
O processo é simples: o trabalhador contrata um novo consignado via Crédito do Trabalhador, quita a dívida anterior e, se houver margem consignável disponível, pode solicitar novo empréstimo. A portabilidade automática está liberada para CDC e consignado tradicional — no caso de dívidas no cheque especial ou cartão de crédito, é necessário renegociar antes da contratação.
A partir do dia 6 de junho, será possível trocar de banco mesmo após contratar o consignado, migrando para a instituição que oferecer os menores juros. Isso valerá inclusive para empréstimos contratados desde março pelo próprio programa Crédito do Trabalhador.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, já foram liberados R$ 10,3 bilhões em crédito, com valor médio por contrato de R$ 5.383,22 e parcela média de R$ 317,20. Ao todo, 35 instituições estão operando a nova linha de crédito. Os estados com maior volume de concessões são: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
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