

O câmbio também foi impactado pela repercussão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) | Foto: reprodução/Agência Brasil
13 de setembro de 2025 — O dólar registrou sua terceira queda consecutiva no Brasil e encerrou a sexta-feira (12) no menor valor em 15 meses, cotado a R$ 5,35. A divisa chegou ao patamar mais baixo desde junho de 2024, mesmo com a moeda norte-americana apresentando ganhos frente a outras moedas no mercado internacional.
Na sessão, o dólar à vista recuou 0,69%, fechando em R$ 5,3537. Na semana, acumulou perda de 1,11%. Já o contrato para outubro, o mais negociado na B3, caiu 0,72%, a R$ 5,3760.
Cotações desta sexta-feira:
A tendência, segundo analistas, é de que o dólar continue cedendo em direção a R$ 5,30, sustentado pela perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos próximos meses e pela manutenção da Selic em 15% no Brasil.
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O câmbio também foi impactado pela repercussão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o sentenciou a 27 anos e três meses de prisão, além de oito anos de inelegibilidade. A decisão gerou forte reação internacional: o governo dos Estados Unidos classificou a medida como “caça às bruxas” e Donald Trump disse que o julgamento foi “terrível”.
Enquanto isso, a pesquisa Ipsos-Ipec mostrou melhora na avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que subiu de 25% para 30%, enquanto a avaliação negativa caiu de 43% para 38%.
No campo econômico, o IBGE informou que o setor de serviços cresceu 0,3% em julho frente a junho, acumulando alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2024 e completando 16 meses de resultados positivos consecutivos.
Para o economista sênior do Inter, André Valério, a condenação de Bolsonaro trouxe clareza ao cenário político e fortalece a possível candidatura de Tarcísio de Freitas, bem-vista pelo mercado. Internacionalmente, o possível início de cortes de juros pelo Fed torna o real mais atrativo, já que o Brasil mantém uma das maiores taxas de juros reais do mundo.
A próxima semana será decisiva, com as decisões de política monetária nos EUA e no Brasil. Se os cortes de juros norte-americanos se confirmarem, a tendência é de continuidade da valorização do real. No entanto, possíveis retaliações políticas do governo Trump podem gerar volatilidade no câmbio.
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