

As duas versões anteriores do relatório provocaram forte resistência entre governistas e setores da segurança pública | Foto: reprodução
12 de novembro de 2025 – O relator do projeto antifacção na Câmara dos Deputados, Guilherme Derrite (PP-SP), apresentou nesta terça-feira (11) uma nova versão do parecer sobre o pacote de enfrentamento ao crime organizado enviado pelo governo federal. O texto atual endurece penas, cria tipos penais específicos e amplia os instrumentos de investigação, mas recua em pontos sensíveis: não altera a Lei Antiterrorismo e tampouco modifica as atribuições da Polícia Federal.
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As duas versões anteriores do relatório provocaram forte resistência entre governistas e setores da segurança pública. O principal ponto de discórdia era a tentativa de equiparar facções criminosas a grupos terroristas, o que, segundo o Palácio do Planalto, poderia abrir brechas para interferência internacional. Outro ponto controverso envolvia a possível ampliação das competências da Polícia Federal, gerando temor de perda de autonomia da corporação.
A nova versão, apresentada por Derrite, elimina essas alterações. Ele justificou que manter a separação entre os conceitos de terrorismo e crime organizado evita “insegurança jurídica” e possíveis questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, o texto preserva as definições e penas previstas na Lei nº 13.260/2016, que trata do terrorismo no Brasil.
O relator também retirou trechos que tratavam de “proteção da soberania nacional”, evitando sobreposição de funções entre a Polícia Federal e as polícias estaduais. O novo substitutivo reafirma que toda a parte operacional das investigações seguirá as normas constitucionais e os marcos legais em vigor, sem criar novas atribuições para a PF.
Entre as principais mudanças propostas no texto estão a criação de crimes específicos, o endurecimento das penas e a ampliação dos mecanismos de combate financeiro e institucional às facções. O projeto também prevê a criação do Banco Nacional de Organizações Criminosas, com cadastros integrados de integrantes, financiadores e empresas ligadas a atividades ilícitas.
Outros pontos de destaque incluem:
O projeto tramita em regime de urgência constitucional e deve ser votado no plenário da Câmara nesta quarta-feira (12).
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Tags: Guilherme Derrite, projeto antifacção, Lei Antiterrorismo, Polícia Federal, Câmara dos Deputados, crime organizado, facções criminosas, segurança pública, Banco Nacional de Organizações Criminosas, presídios federais, legislação penal, Congresso Nacional, política, governo federal, STF, PL antifacção, investigações criminais, endurecimento de penas, combate ao crime, Brasil