Exame será acompanhado por perito federal e representante da família | Foto: arquivo pessoal
02 de julho de 2025 — O corpo da jovem Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, passou por uma nova autópsia nas primeiras horas desta quarta-feira (2), no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio de Janeiro.
A nova perícia está sendo realizada por técnicos da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com acompanhamento de um perito federal e de um representante da família. A decisão foi garantida por meio de uma liminar concedida pela Justiça Federal, com atuação da Defensoria Pública da União (DPU).
De acordo com a defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo pedido judicial, há lacunas no laudo da polícia indonésia, como a ausência de informações precisas sobre a causa e o momento exato da morte de Juliana.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
O pai da jovem, Manoel Marins, afirmou em entrevista que desconfia da qualidade do procedimento feito na Indonésia:
“Precisamos saber se a necropsia que ele fez foi bem feita. Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim”, declarou.
Além da nova autópsia, a DPU enviou um ofício à Polícia Federal pedindo a instauração de inquérito para investigar o caso, o que pode levar a discussão para cortes internacionais, segundo a instituição.
A primeira autópsia foi feita no último dia 26 de junho, em um hospital de Bali, logo após o resgate do corpo no Parque Nacional do Monte Rinjani. O médico legista Ida Bagus Putu Alit declarou que Juliana teria morrido em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas, sobrevivendo por menos de 20 minutos após o trauma.
A família criticou a condução do processo, especialmente a coletiva de imprensa dada pelo médico antes da entrega oficial do laudo à família.
“Minha família foi chamada ao hospital para receber o laudo, mas, antes que tivessem acesso, o médico decidiu dar uma coletiva. É absurdo atrás de absurdo”, desabafou a irmã de Juliana, Mariana Marins.
Leia também | Cid Gomes propõe quarentena de 4 anos para ex-dirigentes do Banco Central
Tags: Juliana Marins, nova autópsia, IML Rio de Janeiro, vulcão Rinjani, morte na Indonésia, Defensoria Pública da União, investigação internacional, Polícia Federal, tragédia em trilha, família busca justiça