STF decide por condenação de Zambelli e Delgatti em julgamento virtual | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
09 maio 2025 — A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (9), para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
Os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela condenação da parlamentar pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Ainda restam os votos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia para a conclusão do julgamento.
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A decisão também prevê a perda do mandato de Zambelli após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Carla Zambelli foi a autora intelectual da invasão com o objetivo de emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. O crime foi executado pelo hacker Walter Delgatti, que confessou participação.
Além da parlamentar, o STF também condenou Delgatti a 8 anos e 3 meses de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, valor que deverá ser dividido com Zambelli.
Em nota à imprensa, os advogados de Carla Zambelli criticaram o julgamento virtual e classificaram a decisão como “absolutamente injusta”. A defesa alegou falta de provas irrefutáveis e afirmou que a deputada desconhecia os alvarás falsos criados por Delgatti.
A defesa ainda apelou para que algum ministro peça vista do processo, o que permitiria uma reavaliação da decisão antes da sentença definitiva.
A deputada também responde a outro processo no STF por ter sacado uma arma e perseguido o jornalista Luan Araújo, durante o segundo turno das eleições de 2022. O caso ocorreu após uma discussão política no bairro dos Jardins, em São Paulo.
Neste processo, Zambelli já acumula 5 votos a 0 para ser condenada a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. Contudo, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista feito pelo ministro Nunes Marques.
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