Condenação de Collor envolve propinas em contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso às 4h desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitar os recursos apresentados pela defesa contra a sentença de 8 anos e 10 meses de prisão. A decisão faz parte de um desdobramento da Operação Lava Jato.
Segundo a defesa, Collor foi detido quando se deslocava para Brasília com o objetivo de cumprir espontaneamente a ordem judicial. Ele encontra-se custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
Na decisão publicada na quinta-feira (24), Moraes considerou que os recursos apresentados tinham caráter “meramente protelatório”. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão no plenário virtual para esta sexta-feira (25) a fim de deliberar sobre a decisão.
Collor foi condenado em 2023 por ter recebido R$ 29,9 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, por meio de contratos firmados entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. A propina visava facilitar irregularmente contratos para construção de bases de distribuição de combustíveis. Também foram condenados os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos.
A ordem de prisão emitida por Moraes inclui a comunicação do cumprimento do mandado e a emissão do atestado de pena pelo Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.
Leia também | AGU cria grupo especial para recuperar R$ 6,3 bilhões descontados ilegalmente de aposentados do INSS