Operação mira fraudadores de combustíveis no Rio de Janeiro | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu, nesta semana, seis mandados de prisão contra pessoas envolvidas em um esquema de fraude em postos de combustíveis. Cinco dos denunciados já estão detidos. A operação, batizada de Bomba Baixa, identificou que administradores de postos de gasolina da rede GTB estavam adulterando combustíveis com metanol, uma substância altamente tóxica e proibida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A denúncia foi apresentada à 20ª Vara Criminal da Capital contra nove pessoas, que respondem por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes contra as relações de consumo, ordem econômica, saúde pública e fraude metrológica, que inclui a instalação de dispositivos eletrônicos nas bombas para entregar um volume inferior ao registrado. A investigação apontou que o grupo adquiria combustíveis sem nota fiscal, corrompia agentes públicos para evitar autuações e manipulava lacres das bombas para burlar fiscalizações.
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Entre 2017 e 2023, o grupo criminoso expandiu suas operações para 60 postos de combustíveis. A investigação revelou que o capital social da GTB Brasil cresceu de R$ 100 mil para R$ 3,9 milhões em apenas seis anos, refletindo o lucro obtido por meio dessas práticas ilegais.
Os promotores de Justiça destacam que o metanol era misturado ao etanol e à gasolina para reduzir os custos, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores. A substância é extremamente perigosa: sua inalação ou contato prolongado pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte. Além disso, o metanol é altamente inflamável e sua combustão gera uma chama invisível, dificultando o controle de incêndios.
O MPRJ identificou vários postos de combustíveis envolvidos na fraude, entre eles:
A operação segue em andamento, com mais investigações sendo realizadas para desmantelar o esquema e responsabilizar todos os envolvidos.7
Com informações da Agência Brasil
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