A sessão tem início com o voto do relator, Alexandre de Moraes. Em seguida, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin proferem seus votos. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Nesta quarta-feira (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará sequência ao julgamento que decidirá se o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados pela trama golpista se tornarão réus. A sessão, marcada para às 9h30, entra no segundo dia de análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no mês passado, que aponta os acusados como integrantes de uma organização criminosa destinada a atos contra a democracia, entre 2021 e o início de 2023.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, abrirá a sessão com seu voto, seguido pelos votos de Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Caso a maioria vote a favor da denúncia, os acusados responderão a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
Se condenados, as penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A denúncia trata de figuras-chave apontadas como líderes do chamado núcleo crucial:
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De acordo com a PGR, Bolsonaro tinha ciência do plano denominado Punhal Verde Amarelo, que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Além disso, o ex-presidente teria conhecimento da chamada “minuta do golpe”, documento que planejava um decreto para executar o golpe de Estado.
Na sessão anterior, realizada ontem (25), os advogados dos acusados apresentaram suas defesas, rebatendo as acusações da PGR. Ao mesmo tempo, o procurador-geral Paulo Gonet reforçou as alegações de tentativa de golpe.
Bolsonaro esteve presente no STF durante o julgamento, algo incomum em casos dessa natureza. Além disso, o tribunal rejeitou pedidos como a anulação da delação premiada de Mauro Cid e o impedimento de ministros como Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para o caso.
A decisão de hoje será fundamental para determinar o próximo capítulo desse processo, que envolve uma das acusações mais graves já enfrentadas por um ex-presidente no Brasil.
Com informações da Agência Brasil
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