Familiares de Moïse foram recebidos na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) | Foto: reprodução/Facebook
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter na cadeia os três homens acusados de matar a pauladas o congolês Moïse Mugenyl Kabagambe, após um desentendimento num quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após audiência de custódia, nesta quinta-feira (3/2). Fábio Pirineus da Silva, o “Belo”, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o “Dezenove”, e Brendon Alexander Luz da Silva, o “Tota” estão com prisões temporárias decretadas pelo prazo de 30 dias.
Os três foram levados para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, após decisão judicial, que acolheu a denúncia do Ministério Público (MP) por homicídio duplamente qualificado.
Os acusados foram presos na terça-feira (01/02). Segundo o titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Henrique Damasceno, eles respondem por homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e pelo meio cruel usado para a execução.
O crime ocorreu no dia 24 de janeiro, no quiosque Tropicália. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), os acusados foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento, feito com barras de madeira. Após a violência, a vítima ainda foi amarrada com uma corda por um dos indiciados.
A polícia divulgou um vídeo que mostra as agressões. As imagens de uma câmera de segurança do quiosque Tropicália mostram que Moïse Kabagambe levou pelo menos 30 pauladas. Veja as imagens clicando neste link:
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Enquanto os acusados eram ouvidos pela Justiça, familiares de Moïse foram recebidos na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A comissão, juntamente com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), irá acompanhar as investigações sobre o caso. O órgão também ofereceu apoio psicológico aos familiares de Moïse e discutiu medidas de segurança que poderão ser adotadas pelos parentes do congolês.
“A família se sente exposta e vulnerabilizada com tudo e teme pelo seu futuro e segurança. Por isso, o nosso atendimento aqui foi priorizar e reforçar a segurança da família, para que independentemente da decisão que eles tomem de ficar no Brasil ou não, que essa decisão seja pautada na segurança”, disse a presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro.
A mãe de Moïse, Ivana Lay, conversou com os parlamentares e agradeceu pela atenção: “Eu me sinto feliz por ter sido recebida pela comissão da Alerj e também pela OAB, que ouviram as minhas dores. E agradeço à imprensa por ter mostrado toda a verdade”, disse Ivana.
O irmão de Moïse, Djodjo Baraka Karagambe, pediu justiça. “Esperamos que as pessoas que fizeram isso com ele paguem. Queremos justiça”.
Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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