

A proposta de compra, estimada em R$ 2 bilhões, foi considerada polêmica desde o início | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
04 de setembro de 2025 – O Banco Central (BC) rejeitou a proposta de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), encerrando uma operação que vinha sendo analisada desde março deste ano. A decisão foi comunicada na noite desta quarta-feira (3), em fato relevante enviado pelo BRB aos investidores.
Segundo o comunicado, o BC indeferiu o requerimento de aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Banco Master. O BRB informou que solicitou acesso à íntegra da decisão para avaliar seus fundamentos e possíveis alternativas.
“O BRB reitera seu posicionamento de que a transação representa uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional e manterá seus acionistas e o mercado informados sobre eventuais desdobramentos relevantes”, declarou a instituição.
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Pouco antes do veto, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, havia sancionado uma lei aprovada pela Câmara Legislativa (CLDF) que autorizava a compra. A medida foi exigência judicial para permitir a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Master.
O objetivo era ampliar a atuação do BRB no mercado financeiro. Desde o anúncio da operação, em março, as ações do banco chegaram a valorizar 23% na B3.
A proposta de compra, estimada em R$ 2 bilhões, foi considerada polêmica desde o início. O Banco Master é conhecido por adotar uma política agressiva de captação, oferecendo até 140% do CDI em seus papéis – taxas superiores às praticadas por bancos de menor porte, que giram em torno de 110% a 120%.
Além disso, a instituição não publicou o balanço de dezembro de 2024, o que aumentou a desconfiança no mercado. Uma tentativa de emissão de títulos em dólares fracassou recentemente, assim como negociações para repasse do controle ao BTG Pactual, que ofereceu apenas R$ 1 para assumir o passivo do banco, com cobertura via Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Sem consenso entre os bancos que sustentam o FGC, a proposta não avançou, mantendo em aberto o futuro do Master.
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Tags: Banco Central, BRB, Banco de Brasília, Banco Master, Ibaneis Rocha, mercado financeiro, ações BRB, aquisição bancária, CDI, Fundo Garantidor de Crédito, BTG Pactual