

Ouro atinge novo topo histórico com força de fluxo comprador e cenário geopolítico | Foto: Akos Stiller/Bloomberg
14 de outubro de 2025 – O ouro renovou máximas históricas na segunda-feira (13) ao superar a marca de US$ 4.100 por onça, sustentado por um mix de tensões comerciais entre Estados Unidos e China, forte procura de bancos centrais e expectativas robustas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Tradicional ativo de proteção, o metal atrai recursos em momentos de incerteza macro e política, elevando a demanda em ETFs e futuros.
Analistas apontam que a reabertura das disputas comerciais entre as duas maiores economias mundiais elevou o apetite por ativos de segurança. No front monetário, o mercado precifica alta probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual já em outubro e nova redução em dezembro, fato que tende a reduzir o custo de oportunidade de manter ouro.
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Do ponto de vista técnico, o ouro acumula alta superior a 55% em 2025 e segue renovando topos — no gráfico semanal o ativo chegou a US$ 4.132. Médias móveis inclinadas para cima e o posicionamento dos compradores acima das médias de 9 e 21 períodos confirmam a força do movimento. Apesar disso, existe margem para correções técnicas saudáveis antes de novas escaladas.
Principais resistências: 4.132 | 4.168 | 4.275 | 4.370 | 4.480.
Principais suportes: 3.893 | 3.758 | 3.500 | 3.204 | 2.832.
A superação da faixa de US$ 4.168 abre caminho para alvos mais altos (US$ 4.275 e US$ 4.370). Caso ocorra recuo até níveis como US$ 3.758 ou US$ 3.500, a estrutura de alta no médio prazo ainda pode se manter, desde que o fluxo comprador retome força.

Instituições como Bank of America e Société Générale projetam cenários ambiciosos — alguns analistas estimam que o ouro pode alcançar US$ 5.000 em 2026. O Standard Chartered revisou sua previsão média para US$ 4.488 no próximo ano. Além das estimativas, o impulso do metal tem sido reforçado por compras de reservas por bancos centrais e por entradas significativas em ETFs.
No Brasil, o movimento também se refletiu no mercado local: segundo levantamento da plataforma DataWise+ (B3/Neoway), o Contrato Futuro de Ouro (GLD) viu forte expansão de volumes entre julho e setembro, somando R$ 936 milhões no período — com alta expressiva mensal e participação relevante de investidores não residentes. A B3 ainda anunciou isenção de tarifas de negociação até 30 de novembro para ampliar o acesso aos derivativos de ouro.
Com a valorização internacional e a ampliação de produtos na B3, o ouro se consolida como alternativa consistente para proteção e diversificação de portfólios. No mercado brasileiro, além do contrato futuro, investidores podem acessar o metal por ETFs como GOLD11 e GLDX11, que permitem exposição direta ao preço do ouro.
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