Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 | Foto: Reuters/Kevin Lamarque
11 de junho de 2025 — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (11) que o acordo comercial com a China “está fechado” e depende apenas da aprovação final dele e do líder chinês Xi Jinping. Pelo novo arranjo, Washington aplicará tarifa total de 55% sobre bens chineses — soma de uma alíquota “recíproca” de 10%, mais 20% ligados ao combate ao fentanyl e outras punições, além dos 25% já vigentes desde o primeiro mandato de Trump. Pequim, por sua vez, fixará tarifa de 10% sobre produtos americanos.
O republicano detalhou em suas redes que a China “fornecerá, antecipadamente, todos os ímãs e quaisquer terras raras necessárias”, enquanto os EUA manterão portas abertas a estudantes chineses em universidades norte-americanas, ponto que ele considera “positivo” para a relação bilateral.
O entendimento foi costurado em dois dias de negociações em Londres, focadas nas restrições a exportações chinesas de minerais críticos. Ele complementa a trégua firmada em Genebra, no mês passado, que havia reduzido tarifas para 30%. Agora, o índice sobe novamente a 55%, elevando a cautela de analistas sobre os efeitos nos mercados globais.
Segundo o secretário do Comércio, Howard Lutnick, Pequim “aprovará todos os pedidos” de ímãs feitos por empresas norte-americanas. Ele adiantou que acordos com outros países podem ser anunciados “já na próxima semana”, sinalizando nova fase da política comercial dos EUA.
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