

Noronha será a primeira ilha da América Latina a alcançar descarbonização total da energia | Foto: divulgação/Embratur
08 de novembro de 2025 — O projeto da Usina Solar Noronha Verde foi lançado neste sábado (8) pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o grupo Neoenergia e o governo de Pernambuco. A iniciativa marca um passo decisivo rumo à descarbonização completa da geração de energia elétrica em Fernando de Noronha até 2027, tornando o arquipélago a primeira ilha oceânica habitada da América Latina a operar 100% com energia limpa e renovável.
O investimento, de R$ 350 milhões, permitirá a instalação de mais de 30 mil painéis solares fotovoltaicos, integrados a um sistema de armazenamento de energia por baterias. A estrutura ocupará 24,63 hectares, o equivalente a 1,5% da área total da ilha, em terrenos cedidos pela Aeronáutica e pela administração de Noronha.
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A implantação da usina ocorrerá em duas etapas: a primeira até maio de 2026 e a segunda no primeiro semestre de 2027. Com isso, Fernando de Noronha deixará de depender da energia gerada por diesel, atualmente responsável por 95% do abastecimento local.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o projeto simboliza o compromisso do Brasil com a transição energética e a economia verde, tema central da COP30, que será realizada este ano em Belém (PA). “Fernando de Noronha dá exemplo para o mundo. O Brasil mostra, dentro da COP, que é possível mudar a matriz energética com sustentabilidade, geração de emprego e renda”, destacou.
De acordo com a Neoenergia, a nova planta solar terá capacidade de geração de 22 MWp, com 49 MWh de armazenamento em sistema BESS, o equivalente ao consumo de 9 mil residências no continente. O sistema funcionará de forma autônoma, fornecendo energia durante o dia e utilizando as baterias à noite, garantindo emissões zero e fornecimento contínuo.
O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, ressaltou que o projeto trará benefícios diretos à economia local. “Além da energia limpa e sustentável, haverá redução de até 10% no custo da geração elétrica da ilha”, afirmou.
Durante o lançamento, a professora Edileuza Maria dos Santos, moradora da ilha, destacou o impacto positivo da iniciativa. “Queríamos ver nossa ilha crescer sem perder a essência da natureza que tanto amamos. Agora isso será possível com energia limpa e um futuro melhor para nossos filhos e netos”, disse.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, reforçou a importância do projeto para o desenvolvimento sustentável do arquipélago. “Tirar o diesel daqui significa um novo começo para Fernando de Noronha, abrindo oportunidades de turismo e investimentos sustentáveis”, afirmou.
Atualmente, a energia de Noronha é gerada pela Usina Tubarão, movida a diesel, responsável por cerca de 30 mil litros de consumo diário. Após a implantação da Noronha Verde, a unidade servirá apenas como backup emergencial. Em 2024, a operação da usina resultou na emissão de 21 toneladas de CO₂, impacto que será eliminado com a nova matriz solar.
O projeto foi licenciado pela Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), com anuência do ICMBio, e representa um marco histórico na agenda climática global, destacando o Brasil como protagonista em inovação sustentável.
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