Nos dias corridos em que o mundo do trabalho se insere, com os indivíduos tendo de se desdobrar ainda em inúmeros papéis sociais e na boa gestão do tempo, os alimentos ultraprocessados acabam sendo a opção mais prática para muitos consumidores nas refeições. Especialmente com a inflação dos alimentos. Porém, o exagero no consumo destes itens pode ser bastante prejudicial à saúde. Diante desse quadro, a proposta dos restaurantes do Serviço Social do Comércio (Sesc) acaba preenchendo as duas lacunas, tanto a nutricional como a financeira.
Esses estabelecimentos, que com atendimento aberto ao público já somam sete unidades – seis em Fortaleza e Região Metropolitana e uma no Interior – no Estado, têm a proposta de servir à população refeições a um preço acessível e de qualidade nutricional reconhecida. Uma alternativa, portanto, interessante para quem não pode almoçar em casa. Especialmente com a piora da qualidade na alimentação do brasileiro sendo atestada nos últimos anos, conforme apontam alguns levantamentos.
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Recentemente, essa tendência foi exposta por pesquisa realizada pela consultoria Kantar, que buscou observar minuciosamente o consumo fora de casa de alimentos e bebidas em sete regiões metropolitanas do Brasil, entre elas Fortaleza. De acordo com o levantamento, durante o ano de 2022, os habitantes dessas grandes áreas urbanas consumiram 170 milhões de salgados prontos a mais (coxinha, pão de queijo e pastel, entre outros), na comparação com 2019, ano que antecedeu a pandemia de Covid-19. O consumo do tradicional prato com arroz, feijão, carne e salada, por sua vez, foi reduzido em 247 milhões de unidades vendidas.
Em termos de economia – de tempo e de dinheiro – a atitude pode até ser benéfica por um tempo. O problema, porém, conforme expõe a nutricionista da unidade Sesc Fortaleza, Ingryd Fernandes, pode estar nas repercussões negativas dessa opção a médio e longo prazo, com inúmeras consequências para a saúde. Entre esses possíveis males, há uma longa lista que vai de um maior acometimento de doenças crônicas não transmissíveis (como diabetes, hipertensão, dislipidemia e câncer), a um favorecimento do acúmulo de gordura com desenvolvimento da obesidade, passando por prejuízo do mecanismo de fome e saciedade, desenvolvimento de alergias e intolerâncias alimentares, deficiências nutricionais, desregulação hormonal, disbiose intestinal até o desenvolvimento de doenças imunológicas, dentre outros.
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Mas diante de tantos impeditivos, como a ausência de tempo e de recursos financeiros, a demanda por estabelecimentos que conciliem praticidade, qualidade e economia ganha mais e mais importância. “Os restaurantes Sesc conseguem preencher essa lacuna, tendo em vista o custo benefício, pois o preço é bem acessível pelo que é ofertado. Esses locais dispõem de profissionais nutricionistas que planejam e executam cardápios variados que prezam pela qualidade, quantidade, harmonia e adequação de todas as suas refeições. Logo, pessoas com menor poder aquisitivo conseguem ter acesso a uma comida saudável e saborosa, sem prejuízo no orçamento final”, argumenta a nutróloga.
A ideia é contar com preparações variadas de opções proteicas, saladas contendo vegetais orgânicos, frutas, acompanhamentos com inclusão de cereais integrais e guarnições, além da cortesia de suco e sobremesa (fruta e doce). Tudo elaborado e acompanhado por nutricionistas e manipulados com rigorosas normas de higiene por profissionais qualificados para sua saúde.
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Quando houver a possibilidade de realizar as refeições em casa, essas são algumas das estratégias sugeridas pela nutricionista Ingryd Fernandes:
Restaurantes Sesc | Unidades no Estado
Mais informações: https://www.sesc-ce.com.br/servicos/restaurantes-e-lanchonetes/
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