Investidores reagem a otimismo com acordo comercial e temem ingerência política no banco central dos EUA | Foto: Kevin Lamarque/REUTERS
O mercado financeiro registrou forte volatilidade nesta terça-feira (data fictícia), influenciado tanto por tensões políticas nos Estados Unidos quanto por sinais positivos em relação à guerra comercial com a China. Às 15h57, o dólar recuava 1,49%, cotado a R$ 5,720, enquanto o Ibovespa subia 0,92%, alcançando 130.847 pontos, acompanhando os principais índices internacionais.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou em um evento fechado organizado pelo JPMorgan Chase que o impasse comercial entre as duas maiores economias do mundo não é sustentável. Ele sinalizou que uma desescalada está próxima e reforçou que os EUA não têm intenção de se desvincular da China, apesar das tarifas elevadas de até 145% aplicadas por ambos os lados desde abril.
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Mesmo assim, o presidente Donald Trump reacendeu as tensões políticas ao criticar novamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Em uma postagem na Truth Social, Trump chamou Powell de “Sr. Tarde Demais” e “grande perdedor”, exigindo corte imediato na taxa de juros para evitar uma possível desaceleração econômica. A postura gerou apreensão no mercado quanto à independência do banco central norte-americano, um dos pilares da estabilidade financeira global.
Analistas e gestores veem risco na ingerência política sobre o Fed, o que já tem provocado fuga de capitais e venda simultânea de dólares, títulos do Tesouro e ações norte-americanas. O ouro atingiu um recorde histórico de US$ 3.500 a onça, enquanto o iene japonês se valorizou a ¥140 por dólar, indicando a busca por ativos considerados mais seguros.
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