

Inflação recua, mas ainda supera o teto da meta | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
13 de outubro de 2025 — O mercado financeiro reduziu a estimativa para a inflação oficial do país em 2025, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC). A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,80% para 4,72%, representando o único ajuste entre os principais indicadores econômicos monitorados pelo relatório.
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB), o câmbio e a taxa Selic permaneceram estáveis. Há quatro semanas, a expectativa para a inflação era de 4,83%. Para os anos seguintes, o mercado mantém as projeções de 4,28% para 2026 e 3,9% para 2027.
A estimativa para 2025, contudo, segue acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, limite superior de 4,5%.
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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços subiram 0,48% em setembro, impulsionados pelo aumento da energia elétrica. Com isso, o IPCA acumulou 5,17% nos últimos 12 meses, mesmo após registrar deflação de -0,14% em agosto.
Por outro lado, os alimentos seguem em queda pelo quarto mês consecutivo, com recuo de 0,35% em setembro, contribuindo para frear o avanço geral dos preços.
Para conter a inflação, o Banco Central mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, patamar inalterado há 16 semanas consecutivas, conforme o Boletim Focus. A expectativa do mercado é que a Selic caia para 12,25% em 2026 e 10,50% em 2027.
De acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa atual deve permanecer elevada por um período prolongado, garantindo que a meta de inflação seja alcançada. A alta dos juros encarece o crédito e desacelera o consumo, ajudando a conter a inflação, mas também pode limitar o crescimento econômico.
A expectativa para o PIB de 2025 foi mantida em 2,16% de crescimento, pela quinta semana consecutiva. Para 2026, o mercado prevê alta de 1,80%, e para 2027, uma leve redução para 1,83%.
Quanto ao câmbio, o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,43, abaixo da previsão anterior de R$ 5,50. Para 2026 e 2027, as projeções são de R$ 5,47 e R$ 5,51, respectivamente, indicando tendência de leve estabilidade da moeda norte-americana.
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