Piauí lidera aumento do desemprego; Pernambuco tem maior taxa do país | Foto: reprodução/Agência Brasil
16 de maio de 2025 — A taxa de desocupação no Brasil cresceu em 12 das 27 unidades da federação no 1º trimestre de 2025, na comparação com os três últimos meses de 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE.
O Piauí foi o estado com o maior aumento, subindo de 7,5% para 10,2%. Em seguida, aparecem Amazonas (de 8,3% para 10,1%), Pará (de 7,2% para 8,7%) e Ceará (de 6,5% para 8%). Pernambuco, apesar de um crescimento mais discreto (de 10,2% para 11,6%), segue com a maior taxa de desemprego do país.
Outros estados com alta na taxa de desocupação incluem Minas Gerais, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
Enquanto alguns estados viram o índice crescer, Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) apresentaram as menores taxas de desemprego do Brasil, mantendo estabilidade em relação ao trimestre anterior.
Na comparação com o mesmo período de 2024, seis estados conseguiram reduzir significativamente a desocupação: Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.
A taxa nacional de desemprego ficou em 7%, a menor já registrada para o primeiro trimestre desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
Apesar da queda no desemprego nacional, o rendimento médio real mensal cresceu em apenas três estados no comparativo trimestral: Rio de Janeiro (6,8%), Santa Catarina (5,8%) e Pernambuco (4,7%).
Na comparação anual, sete estados apresentaram crescimento no rendimento: Pernambuco (23,4%), Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Espírito Santo.
A pesquisa do IBGE também mostra as desigualdades no mercado de trabalho. Entre os jovens de 14 a 17 anos, a taxa de desemprego chega a 26,4%, e entre os de 18 a 24 anos, é de 14,9%. O índice diminui com o avanço da idade: 6,5% para 25 a 39 anos, 4,7% para 40 a 59 anos e 3,1% para 60 anos ou mais.
As mulheres enfrentam desemprego maior (8,7%) do que os homens (5,7%). No recorte racial, pretos (8,4%) e pardos (8%) têm índices superiores ao de brancos (5,6%).
No quesito escolaridade, as maiores taxas estão entre quem tem ensino médio incompleto (11,4%), enquanto pessoas com ensino superior completo têm o menor índice (3,9%).
Leia também | Trabalhadores com carteira assinada já podem migrar dívidas para o Crédito do Trabalhador