Relação com China, Índia e África do Sul pode fortalecer setor agropecuário e garantir superávit | Foto: Kleiber Arantes/Governo do Tocantins
Diante das medidas protecionistas dos Estados Unidos — conhecidas como “tarifaço” — que impõem sobretaxas a produtos importados, o Brasil vem articulando estratégias para compensar as perdas comerciais, principalmente por meio da ampliação das exportações ao bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que é preciso “fortalecer” o bloco diante do cenário geopolítico. A declaração foi feita após uma reunião temática sobre agricultura no Itamaraty.
“Essa afronta protecionista nos estimula a buscar novas oportunidades dentro do Brics”, disse o ministro.
Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), há 1,6 mil produtos brasileiros com potencial para serem exportados aos países do bloco, o que pode aliviar os impactos negativos da nova política tarifária dos EUA.
De acordo com a Apex, em 2024 o Brasil exportou US$ 102,5 bilhões para países do Brics e importou US$ 82,1 bilhões, gerando um superávit de US$ 20,4 bilhões.
Entre os setores com maior potencial de exportação estão proteína animal, alimentos processados e rochas ornamentais. Os destinos mapeados para esses produtos são:
Além das iniciativas com o Brics, representantes do governo e da Apex viajarão à Europa entre os dias 23 e 30 de abril para acelerar a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia. A agenda inclui reuniões em Portugal, Polônia e Bélgica com foco em comércio, ciência e tecnologia e setor agrícola.
O presidente Lula também planeja visitar a China em maio para fortalecer alianças com países da América Latina e Caribe em encontro com Xi Jinping.
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