Economia brasileira mantém trajetória de crescimento em abril, com impulso de setores produtivos | Foto: reprodução
16 de junho de 2025 — Pelo quarto mês consecutivo, a economia brasileira apresentou crescimento. De acordo com o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou alta de 0,2% em abril de 2025, na comparação com março, considerando dados dessazonalizados. O indicador acumula avanço de 3,5% no ano e 4% nos últimos 12 meses.
Na comparação com abril de 2024, o crescimento foi de 2,5%, sem ajuste para o período. O IBC-Br é uma espécie de termômetro informal da economia, e serve como base auxiliar para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, atualmente fixada em 14,75% ao ano.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
A Selic continua sendo o principal instrumento do BC para controlar a inflação, que fechou maio de 2025 em 0,26%, uma desaceleração em relação aos 0,46% de abril, conforme o IPCA do IBGE. A principal pressão veio do setor de habitação, com destaque para o aumento na energia elétrica residencial.
Apesar da queda mensal, a inflação acumulada em 12 meses segue elevada, com alta de 5,32%, o que levou o Copom a elevar os juros em 0,5 ponto percentual na reunião de maio – a sexta alta seguida da Selic no atual ciclo de aperto monetário.
O Copom evitou dar sinais sobre os próximos passos na reunião marcada para esta semana, destacando apenas que o clima de incerteza exige cautela e pode manter a taxa básica de juros em 14,75% ao ano por mais tempo.
Embora o IBC-Br ajude o BC a elaborar sua política monetária, ele não é uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O índice inclui dados da indústria, comércio, serviços, agropecuária e impostos, enquanto o PIB é o indicador oficial da produção de bens e serviços do país, divulgado pelo IBGE.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, puxado principalmente pelo bom desempenho da agropecuária. Em 2024, a economia havia crescido 3,4%, registrando o quarto ano seguido de expansão, com destaque para o crescimento recorde de 4,8% em 2021.
Leia também | Inflação é revisada para baixo e PIB sobe, aponta novo Relatório Focus do Banco Central