Cardeais iniciam isolamento no Vaticano para conclave que definirá novo líder da Igreja Católica | Foto: Vatican Media/Simone Risoluti/Via Reuters
06 de maio de 2025
Os cardeais que participarão do conclave para eleger o novo papa começaram nesta terça-feira (06) a se hospedar nas residências oficiais do Vaticano, iniciando o período de isolamento total. A partir de quarta-feira (07), eles se reúnem a portas fechadas na Capela Sistina para escolher o sucessor do papa Francisco, falecido no mês passado.
No total, 133 cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto. A eleição ocorrerá por votação secreta, exigindo maioria qualificada de dois terços dos votos para a escolha do novo pontífice. Os conclaves, que geralmente se estendem por vários dias, mantêm os cardeais completamente isolados do mundo externo, sem acesso a comunicação.
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Com representantes de 70 países, o conclave de 2025 será o mais geograficamente diverso em 2 mil anos de história da Igreja Católica. A diversidade é resultado da política adotada por Francisco, que priorizou a nomeação de cardeais de países nunca antes representados, como Haiti, Sudão do Sul e Mianmar.
Entre os blocos mais organizados, os 23 cardeais asiáticos planejam votar em bloco, conforme revelou o cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi. Em contraste, os 53 cardeais europeus tendem a votar conforme interesses nacionais ou preferências individuais.
A disputa pela sucessão é considerada aberta. Embora alguns nomes tenham ganhado destaque na mídia e entre analistas eclesiásticos, muitos cardeais afirmam não ter uma escolha clara. “Não tenho nenhum palpite”, disse o cardeal Robert McElroy, dos EUA. “O processo é profundo e misterioso.”
Enquanto parte dos eleitores defende a continuidade das reformas e da abertura iniciadas por Francisco, outro grupo deseja o retorno a uma Igreja mais tradicional e centrada na doutrina.
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