

Licenciada e presa na Itália, Carla Zambelli chora em audiência na CCJ da Câmara | Foto: Kevin Lima/G1
02 de dezembro de 2025 – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pode analisar, nesta terça-feira (2), o processo que trata da cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar está presa em Roma, na Itália, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em duas ações penais, e a decisão sobre a perda do mandato precisa agora ser deliberada pelos deputados.
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A análise do processo está na pauta da reunião da CCJ. O relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), deve apresentar o parecer durante a sessão. Entretanto, um pedido de vista pode adiar a conclusão.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por comandar a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em outro processo, também no Supremo, ela recebeu pena de 5 anos e 3 meses por perseguir um homem armado, em São Paulo, em 2022. Ambos os casos já tiveram trânsito em julgado, sem possibilidade de novos recursos.
Como houve condenação criminal definitiva, cabe à Câmara dar aval à perda do mandato parlamentar. Embora o STF tenha determinado a cassação imediata, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu encaminhar o caso ao colegiado e manter o rito tradicional.
A deputada está presa desde julho na Itália. Ela fugiu para o país antes da decisão tornar-se definitiva e teve seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol. A Justiça italiana analisa o pedido de extradição, com nova audiência marcada para 4 de dezembro.
A defesa de Zambelli solicitou que ela aguardasse o julgamento em liberdade, mas o tribunal decidiu mantê-la detida ao considerar risco de fuga. A parlamentar afirma ser inocente e que deseja ser julgada segundo a legislação italiana.
Após a votação na CCJ, o caso seguirá para o plenário da Câmara, onde são necessários 257 votos para confirmar a cassação. Em setembro, durante audiência do colegiado, Zambelli participou remotamente e trocou acusações com o hacker Walter Delgatti, também condenado pelo STF no caso do CNJ.
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