

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão | Foto: Pablo Porciuncula/AFP
25 de novembro de 2025 — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não apresentar os segundos embargos de declaração no processo em que foi condenado por tentativa de golpe de Estado. O prazo para esse tipo de recurso terminou na segunda-feira (24), deixando o caso ainda mais próximo da fase de execução da pena.
Os embargos de declaração servem apenas para esclarecer pontos omissos ou contraditórios da decisão, sem alterar o mérito do julgamento. Bolsonaro foi condenado em setembro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar uma organização criminosa que buscou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado democrático de Direito.
Com o fim do prazo, cabe agora ao relator, ministro Alexandre de Moraes, declarar o trânsito em julgado, etapa em que se oficializa que não cabem mais recursos — permitindo o início do cumprimento da pena.
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Em tese, as defesas dos réus ainda podem apresentar embargos infringentes até o fim da semana. Esse tipo de recurso tem poder de alterar a pena, mas só é admitido quando há ao menos dois votos pela absolvição, o que não ocorreu no julgamento da trama golpista.
Por isso, o entendimento predominante no STF é de que não cabem embargos infringentes no caso de Bolsonaro, abrindo caminho para que o trânsito em julgado seja declarado já nos próximos dias.
Apesar de o processo do golpe estar na fase final, Bolsonaro já está preso desde sábado (22), na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, devido a outra investigação.
A prisão preventiva foi decretada por Alexandre de Moraes após dois pontos levantados pela PF:
Para Moraes, a combinação desses fatores configurava risco real de evasão. Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma do STF manteve por unanimidade a prisão preventiva.
A defesa argumenta que Bolsonaro não tentou fugir e que a violação da tornozeleira teria ocorrido durante um quadro de confusão mental causada por medicamentos — argumento rejeitado pelo ministro.
A prisão preventiva não tem prazo definido, mas deve ser reavaliada a cada 90 dias, conforme prevê a legislação penal.
Com o fim do prazo dos segundos embargos e sem manifestação de Bolsonaro, Alexandre de Moraes deve:
Além de Bolsonaro, também foram condenados:
Todos, exceto Cid, aguardam o encerramento da fase recursal.
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