

Maior roubo da história do Brasil completa duas décadas | Foto: reprodução
06 de agosto de 2025 – Na madrugada de 06 de agosto de 2005, Fortaleza foi palco de um dos crimes mais engenhosos e audaciosos da história do Brasil. Uma quadrilha especializada invadiu a caixa-forte do Banco Central por meio de um túnel de 80 metros escavado manualmente e furtou quase R$ 165 milhões em cédulas de R$ 50 — tudo isso sem disparar um único tiro.
Vinte anos depois, parte do dinheiro nunca foi recuperada, alguns suspeitos ainda são presos e o caso continua a gerar desdobramentos no Judiciário e fascínio na sociedade.
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A quadrilha usou como fachada uma empresa de grama sintética, instalada em uma casa alugada na Rua 25 de Março, no centro de Fortaleza. Durante mais de três meses, os criminosos cavaram um túnel escorado com vigas de madeira, equipado com iluminação, sistema de ventilação e até ar-condicionado.
Na noite do crime, usaram roldanas, ganchos e tambores para transportar 3,5 toneladas de cédulas. O furto só foi descoberto na manhã da segunda-feira, dia 8, quando funcionários do banco notaram o rombo no cofre.
A “Operação Toupeira” da Polícia Federal rastreou o dinheiro furtado, parte do qual foi recuperado em veículos de luxo transportados por um caminhão-cegonha interceptado em Minas Gerais com R$ 2,5 milhões em espécie.
Entre os principais nomes ligados ao furto estão:

A operação resultou em 28 ações penais, com 119 condenações e penas que, em alguns casos, ultrapassaram os 170 anos de prisão. Ao todo, 133 pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema — de escavadores a lavadores de dinheiro. Ainda assim, apenas R$ 60 milhões foram recuperados, o equivalente a 36,5% do valor furtado.
Tatuzão, famoso por escavar passagens subterrâneas em fugas de presídios, foi preso em 2009. Já Alemão, rosto mais conhecido do caso, foi capturado em 2008 vivendo como fazendeiro em Brasília. Ele está atualmente no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.
Em 2023, outro desdobramento importante: a prisão de Marcos Rogério Machado de Morais, o Rogério Bocão, primo de Alemão e foragido desde 2011.
O caso gerou adaptações em livros, documentários e um filme. A casa usada como ponto inicial do túnel se tornou ponto turístico por um tempo. A estrutura foi posteriormente selada.
Mesmo após duas décadas, o crime ainda se destaca pela complexidade técnica, ausência de violência e dimensão financeira — sendo o maior furto da história do Brasil em valores nominais.
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