Oposição do PL a Lula sofre impasses e perde força nas ruas | Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini
01 de julho de 2025 — Enquanto discute possíveis nomes para disputar a Presidência em 2026, o Partido Liberal (PL) passa por uma reavaliação de sua atuação como oposição ao governo Lula, em meio a divergências internas e manifestações com baixa adesão. O exemplo mais recente foi o ato na Avenida Paulista, no último domingo, que reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, segundo levantamento do Cebrap/USP e da ONG More in Common.
Inelegível, Jair Bolsonaro tem sido pressionado por líderes do Centrão e aliados próximos a indicar um sucessor. Porém, tanto ele quanto o pastor Silas Malafaia seguem apostando nos atos públicos como estratégia para manter a militância mobilizada.
Integrantes da cúpula do PL, no entanto, avaliam que a falta de um projeto concreto e de uma liderança definida prejudica o engajamento popular. A anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro e as acusações de “perseguição a bolsonaristas”, repetidas nos discursos, já seriam vistas como temas desgastados, internamente.
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Parlamentares próximos ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, defendem a construção de uma frente unificada da direita, com apoio de Bolsonaro a um novo nome — como forma de aumentar o engajamento popular, especialmente em datas simbólicas como o 7 de setembro.
A participação de nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem sido cogitada para compor campanhas publicitárias do partido, focadas em investimentos nos estados, enquanto críticas diretas a Lula e ao ministro Fernando Haddad devem ser deixadas em segundo plano.
No Legislativo, há também divergências de tom. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), defende um enfrentamento direto ao governo, enquanto a ala ligada a Valdemar propõe um jogo mais estratégico, com articulações nos bastidores. Essa estratégia inclui o trabalho em CPIs, como a do INSS, e a costura de um texto alternativo de anistia para os condenados dos atos antidemocráticos.
“Puxar o freio de mão e jogar parado, nesse momento, é subestimar o Lula para 2026”, declarou Sóstenes. “Pretendo seguir nesta toada enquanto for o líder do partido.”
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Tags: PL, Jair Bolsonaro, eleições 2026, oposição a Lula, Tarcísio de Freitas, Valdemar Costa Neto, Silas Malafaia, Sóstenes Cavalcante, direita brasileira, manifestações bolsonaristas, CPI do INSS, anistia 8 de janeiro