Um terremoto de magnitude 6,1 matou, nesta quarta-feira (22/06), pelo menos 920 pessoas no Afeganistão. As informações foram repassadas pelas autoridades que atuam no gerenciamento de desastres, no país do Oriente Médio.
A expectativa é de que o número de mortos aumente à medida em que chegarem as informações de vilas remotas nas montanhas.As autoridades também falam em mais de 600 pessoas feridas.
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Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGC), o terremoto desta quarta-feira ocorreu a cerca de 44 quilômetros da cidade de Khost, no sudeste, perto da fronteira com o Paquistão e foi o mais mortal desde 2002.
Salahuddin Ayubi, autoridade do Ministério do Interior, disse que helicópteros foram mobilizados no esforço de resgate para chegar aos feridos e transportar suprimentos médicos e alimentos para os mais necessitados.
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A maioria das mortes confirmadas foi na província oriental de Paktika, onde 255 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas, acrescentou Ayubi. Na província de Khost, 25 morreram e 90 foram levados a um hospital.
Haibatullah Akhundzada, o líder supremo do Talibã, ofereceu suas condolências em um comunicado.
Montar uma operação de resgate pode ser um grande teste para o Talibã, que assumiu o país em agosto e foi afastado de grande parte da assistência internacional por causa de sanções.
O tremor foi sentido por cerca de 119 milhões de pessoas no Paquistão, Afeganistão e Índia, disse o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC), mas não houve relatos imediatos de danos ou vítimas no Paquistão.
O EMSC colocou a magnitude do terremoto em 6,1, embora o USGC tenha dito que foi de 5,9. Somando-se ao desafio para as autoridades afegãs estão as recentes inundações em muitas regiões, que, segundo a agência de desastres, mataram 11, feriram 50 e bloquearam trechos de rodovias.
O terremoto ocorre no momento em que o Afeganistão enfrenta uma grave crise econômica desde que o Talibã assumiu o poder, quando as forças internacionais – lideradas pelos Estados Unidos – se retiraram após duas décadas de guerra.
Em resposta à tomada de poder pelo Talibã, muitas nações impuseram sanções ao setor bancário do Afeganistão e cortaram bilhões de dólares em ajuda ao desenvolvimento. A ajuda humanitária continuou, no entanto, com agências internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Com informações da Reuters/Agência Brasil
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