A aeronave incendiada era usada em ações de desmatamento e de combate ao garimpo ilegal | Foto: Foto: Ayrton Senna Gazel/g1 AM
A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (03/02), num condomínio de luxo de Goiânia (GO), o empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos.
Segundo as investigações, ele teria mandado queimar dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que estavam no Aeroclube de Manaus (AM), na madrugada do dia 24 de janeiro.
O superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada, investigações constataram o vínculo do empresário com atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).
“A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021”, disse.
A prisão ocorreu dentro da Operação Acauã, que tem como objetivo de apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra.
Os agentes federais chegaram ao nome do empresário Aparecido Naves Júnior após as prisões, na semana passada, de outros cinco homens, que teriam sido contratados para incendiar os helicópteros.
Os presos teriam as seguintes participações: um motorista, que teria levado e retirado os executores da cena do crime; dois suspeitos de incendiar as aeronaves e dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos incendiários e repassar o pagamento pelos crimes.
Segundo a PF, o motorista foi preso um dia após o ataque, a partir da identificação do carro usado na fuga dos suspeitos. A partir daí, a polícia chegou aos outros quatro envolvidos.
Ainda segundo a PF, após confessarem participação no atentado, todos os envolvidos reconheceram Aparecido Naves Júnior como mandante do crime.
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O incêndio ocorreu na madrugada do dia 24 de janeiro, no Aeroclube de Manaus, capital do Amazonas. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens pularam o muro do estabelecimento e atearam fogo em dois helicópteros usados em ações de fiscalização de desmatamento da floresta amazônica e de combate ao garimpo ilegal.
Quando os bombeiros chegaram ao local, as chamas já tinham se espalhado e destruído a parte dianteira da aeronave, como mostram as imagens abaixo:
Uma segunda aeronave também foi atingida, mas com menor gravidade.
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