Com a chegada do período da Páscoa, alguns produtos tradicionais da época começam a aparecer de maneira mais constante em mercantis, propagandas e redes sociais. No entanto, para quem iniciou o ano com o foco na saúde e alimentação balanceada, pães de coco, chocolates e ovos de Páscoa podem não ser grandes aliados para o objetivo, caso sejam consumidos de maneira excessiva.
Mesmo não sendo benéfico para quem está seguindo uma dieta ou um cronograma de alimentação saudável, para não ficar de fora da ceia de Páscoa, alguns alimentos podem ser consumidos, mas sempre de maneira equilibrada, de acordo com o médico e nutrólogo, André Guanabara. “O consumo equilibrado dos produtos tradicionais da Páscoa não é maléfico. Se você segue um cronograma, não será um dia que vai comprometer o resultado. No entanto, é necessário ressaltar que tem que ser um consumo consciente”, explica
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Símbolo dos produtos do período, o ovo de Páscoa é o que mais se destaca, sendo escolhido por 60% dos participantes de um estudo realizado pela Ecglobal. Tendo uma alta procura mesmo fora dessa época, o consumo em excesso de chocolate pode acarretar grandes problemas de saúde a longo prazo.
“Na Páscoa, o consumo de chocolate tende a ser bem maior, mas cotidianamente é um produto consumido excessivamente muitas vezes. É preciso ter um equilíbrio, sobretudo nos chocolates, que são ricos em açúcar. Caso um paciente faça ingestão frequente dele, pode trazer diabetes e até mesmo obesidade, a longo prazo, além de desregular a dieta e comprometer os resultados”, aconselha o nutrólogo.
Ainda de acordo com o Dr. André Guanabara, para não ficar de fora da ceia de Páscoa há alguns chocolates que podem ser consumidos e que ajudam a reduzir o impacto do doce tradicional, como os 70%, que possuem alto teor de cacau, e os de frutas cristalizadas, que também possuem um sabor doce e são menos nocivos à saúde.
Resistir às grandes ofertas de doces durante a Páscoa já não é fácil, mas para uma boa parte da população brasileira é ainda mais difícil. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 4,7% da população do Brasil sofre de compulsão alimentar, que consiste na ingestão exagerada de alimentos, em um curto espaço de tempo, sem que haja fome.
De acordo com o Dr. André Guanabara, além da compulsão alimentar, a ansiedade também é um problema no controle da alimentação nesse período.
“A compulsão alimentar pode ter duas causas: emocional e fisiológica. Na emocional, a ansiedade quase sempre está atrelada e acaba impulsionando esse problema. Durante períodos como a Páscoa, isso acaba piorando devido a grande oferta de doces, como ovos de Páscoa e chocolates de um modo geral. Ou seja, conviver com aquele problema já é uma dificuldade diária para o paciente, nesses períodos, mais ainda”, explica.
Ainda segundo o nutrólogo, o excesso de doce tende a piorar o problema, tendo em vista que a alimentação rica em carboidratos e açúcares pode ser um dos principais causadores da compulsão alimentar.
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