A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (15/06), a Operação Corona. O objetivo é combater organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco. No total, 80 policiais federais foram mobilizados para atuar nos Estados de Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Amazonas.
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A investigação foi iniciada no dia 22 de abril 2020 após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu, cidade localizada na Região Metropolitana de Recife/PE.
A apreensão resultou de um esforço operacional da PF com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no descarregamento da droga da aeronave foram presos em flagrante por tráfico de drogas. O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.
Após o flagrante, a PF aprofundou a investigação, a fim de identificar outros responsáveis pela operação ilícita, assim como descobrir o esquema criado para financiar esse plano. Foi revelada, então, uma grande estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram, especialmente, no Estado de São Paulo. Só nos primeiros quatro meses de 2020, no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.
Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.
A expressão Corona é um termo espanhol, que significa Coroa em português, uma referência, portanto, ao local onde foi apreendida à droga no início de 2020.
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