A Justiça Federal condenou, nesta terça-feira (01/02) três estudantes de Medicina e os pais deles por fraudarem o sistema de cotas da Universidade Federal do Cariri (UFCA), em Juazeiro do Norte. Os estudantes foram expulsos e ainda terão que pagar multas que chegam a R$ 300 mil.
As investigação do Ministério Público Federal (MPF) revelaram que os três universitários fizeram a maior parte do ensino médio em escolas particulares e, ao final de cada ano letivo, se transferiram para a Escola de Ensino Fundamental e Médio Padre Amorim, localizada no distrito de Jamacarú, em Missão Velha, a 510 km de Fortaleza para receber o certificado de conclusão do curso em escola pública, o que permitiu que eles concorrerem às vagas destinadas às cotas sociais exclusivas para a modalidade.
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Segundo o procurador da República, Rafael Ribeiro Rayol, as multas correspondem ao ressarcimento dos recursos públicos que foram investidos nos estudantes durante o período em que eles estiveram no curso de graduação na UFCA, com acréscimo de juros e atualização monetária.
As mães de dois dos universitários também foram denunciadas pelo MPF por crime de falsidade ideológica por terem fraudado a declaração informando que os filhos teriam cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas. Por meio das investigações, foi comprovado que ambos estudaram no colégio Objetivo e Nossa Senhora de Fátima, em Juazeiro do Norte e Barbalha, respectivamente.
Os estudantes, no entanto, são menores de idade e não podem ser imputados criminalmente. O crime de falsidade ideológica cometido pelas mães prevê reclusão de um a cinco anos e pagamento de multa, de acordo com a natureza do documento fraudado.
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