O primeiro mês do ano é dedicado à conscientização dos cuidados com a saúde mental, a quebra de tabus e de promover e discutir reflexões que proporcionem o fortalecimento dos fatores de proteção individuais e coletivos da população. Assim, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforça a importância de buscar orientação e escuta qualificada nos serviços públicos que oferecem acolhimento aos fortalezenses.
De acordo com o médico psiquiatra e gerente da Rede de Atenção Psicossocial de Fortaleza, Arildo Lima, a escolha do mês de janeiro trata-se de uma estratégia para chamar a atenção, logo no começo do ano, para a retrospectiva dos pontos positivos e negativos do período que encerrou. “Sensações típicas de final de ano podem impactar em decisões precipitadas, gerar preocupações e/ou ansiedade excessiva por não saber lidar com certas situações”, avalia.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a saúde mental é um estado de bem-estar no qual um indivíduo realiza suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de fazer contribuições à sua comunidade”.
Arildo explica ainda que a definição individual de boa saúde mental é algo complexo, pois a singularidade e subjetividade influenciam diretamente nesta avaliação. Ele afirma que a saúde mental é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções.
“Cuidar da mente é autoconhecimento, é evitar doenças e criar estratégias para lidar com as diversas situações da vida, tendo em vista que a vida é um processo dinâmico, em que ora o indivíduo encontra-se propensa ao risco (dimensão negativa), ora encontra-se mais protegido deste (dimensão positiva)”, diz o psiquiatra.
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Entendendo que a saúde mental é influenciada pela dimensão negativa e positiva, buscar orientação nos Centros de Atenção Psicossocial de Fortaleza (CAPS) é uma alternativa para se cuidar, através de equipes multidisciplinares que elaboram um plano terapêutico para o usuário, avaliando os fatores de risco, sinais, sintomas e patologias, e analisando os fatores protetores dos indivíduos.
“Para a população de um modo geral, quanto mais pessoas tiverem conhecimento, maior será o debate e desconstrução de ideias erradas sobre terapia e cuidados com a saúde mental”, finaliza Arildo.
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O Município conta com 23 equipamentos que compõem a Rede de Atenção Psicossocial, sendo 15 CAPS (seis gerais, dois infantis e sete álcool e outras drogas), cinco unidades de acolhimento para dependentes químicos e três residências terapêuticas.
O serviço dos CAPS é porta aberta, no qual o usuário pode procurar diretamente, ou ser encaminhado por um dos 116 postos de saúde da Capital, que atendem, entre outras necessidades, demandas de saúde mental. Nos CAPS é feita uma avaliação inicial e, de acordo com a necessidade do usuário, é realizado o encaminhamento aos serviços de cada unidade, entre eles o atendimento psicológico.
– Afaste-se de situações que gerem emoções negativas;
– Separe um tempo para curtir momentos prazerosos;
– Permita-se sorrir e chorar quando sentir vontade;
– Valorize a convivência social e viva intensamente os bons momentos em família;
– Pratique atividade física, tenha uma dieta saudável e cuide da qualidade do sono;
– Reduza a exposição excessiva a notícias e conteúdos em redes sociais;
– Evite a automedicação ou o uso exagerado de ansiolíticos;
– Se você tem um diagnóstico de qualquer transtorno mental, mantenha a regularidade das consultas com o profissional com quem você se trata. Se você faz terapia, mantenha contato com seu terapeuta.
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