Os bombardeios na Ucrânia chegaram, nesta segunda-feira (28/02), ao quinto dia. As explosões ocorreram em diferentes partes do país.
As forças de Moscou permanecem a 30 km ao norte de Kiev, onde travam uma intensa batalha para a tomada da cidade de Hostomel.
Os combates também seguem em Chernihiv, no norte ucraniano, onde um prédio residencial foi atingido por um míssil, o que causou um incêndio. Na região, o aeroporto de Zhitomir também foi alvo durante a madrugada, segundo as forças de Kiev.
Também houve explosões em Kiev, mas o governo ucraniano afirmou que a cidade está tranquila há algumas horas, cenário diferente do que foi visto nos últimos dias, enquanto a ofensiva russa cercava a capital.
Em Kharkiv, onde foram registrados incidentes, os combates seguem após um domingo em que o local passou sendo disputado entre os países. Segundo o Ministério da Defesa britânico, a segunda maior cidade do país segue sob controle ucraniano.
Militares da Ucrânia dizem que a ofensiva russa diminuiu o ritmo.
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Moscou e Kiev concordaram, neste domingo (27/02), em negociar a paz na Bielorrúsia, país que faz fronteira com Rússia e Ucrânia e é aliada ao governo de Vladimir Putin.
A movimentação diplomática ocorre após o Ocidente ter elevado o grau de punição a Moscou ao anunciar o início da desconexão de alguns bancos russos do sistema internacional de transferências financeiras. No fim da manhã (madrugada no Brasil), o Kremlin anunciou que uma delegação havia sido enviada para Gomel, cidade na Bielorrússia a 40 km da fronteira ucraniana. “Estaremos prontos para começar negociações”, disse o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov.
Kiev aceitou negociar e indicou que o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, prometeu que o equipamento militar (aviões, helicópteros e mísseis) russo estacionado em território bielorrusso permaneceria no terreno durante a chegada, as negociações e a partida da delegação ucraniana.
Autoridades bielorrussas anunciaram que estão prontas para sediar as negociações, que deverão ocorrer sem condições prévias.
“O local para as conversações Rússia-Ucrânia na Bielorrússia está pronto e estamos à espera das delegações”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso em mensagem no Facebook.
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A Rússia lançou, na quinta-feira de madrugada (24/02), ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, segundo informou o Ministério da Saúde ucraniano. Entre os mortos estão 14 crianças. Outras 1.684 pessoas ficaram feridas, incluindo 116 crianças, ainda segundo o ministério. O ministro da Saúde, Viktor Liashko, acusou as tropas russas de agirem como “terroristas” e deliberadamente atacarem civis.
O Ministério da Defesa da Rússia informou, sem especificar um número, que soldados russos foram mortos e feridos em conflito, mas acrescentou que suas baixas foram muito menores do que as sofridas pela Ucrânia, segundo a agência Interfax. Desde o começo da ofensiva militar russa, até a tarde deste domingo, a Rússia atingiu 1.067 instalações militares da Ucrânia.
O presidente Vladimir Putin disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, acrescentando que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela comunidade internacional, a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, que responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscou.
A Organização das Nações Unidas citou cerca de 370 mil deslocados para a Polônia, Hungria, Moldávia e Romênia.
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