

A Tergran atua no Porto de Fortaleza desde maio de 1997, onde já movimenta com exclusividade no A-2 todo o trigo importado pelos três moinhos cearenses | Foto: reprodução
A Companhia Docas do Ceará participou da assinatura do contrato com a empresa Tergran (Terminais de Grãos de Fortaleza Ltda.), arrendatária do Terminal de Granel Sólido Vegetal do Porto de Fortaleza. O MUC01 ocupa uma área total de 6 mil m², com capacidade de escoamento da produção de até 769 mil toneladas, e prevê investimentos de R$ 50 milhões.
Coube ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, conduzir a solenidade realizada, nessa quarta-feira (30/03), na B3, em São Paulo, que marcou também a primeira desestatização portuária da história do Brasil: Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que contempla os portos de Vitória e de Barra do Riacho.
Destinado à movimentação, armazenagem e distribuição de cargas – com destaque para o trigo -, o Terminal de Granel Sólido Vegetal do Porto de Fortaleza liderou o ranking deste tipo de carga entre os portos do país no ano de 2020, com a importação principalmente da Argentina, Estados Unidos e Canadá.

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O montante representou 17,8% do trigo movimentado no país. Já no ano passado, foram descarregadas 1.121.196,449 toneladas de trigo a granel, com média de 23.358,259 toneladas por navio, por meio de 48 operações portuárias.
A Tergran atua no Porto de Fortaleza desde maio de 1997, onde já movimenta com exclusividade no A-2 todo o trigo importado pelos três moinhos cearenses (M. Dias Branco, Grande Moinho Cearense e J. Macêdo). Trata-se de uma parceria antiga entre os moinhos J. Macêdo (opera desde setembro de 1939), Grande Moinho Cearense (opera desde junho de 1959) e o M. Dias Branco (opera desde dezembro de 1992).
A partir de agora, com o arrendamento do MUC01, passa a administrar as duas áreas. “Este é um momento muito importante para a Companhia Docas do Ceará que, após a conclusão das obrigações pré-contratuais pela Tergran em janeiro último, avança hoje com a
assinatura do contrato desta concessão por 25 anos. Estimamos que movimentação de cargas no Porto de Fortaleza deve dobrar até 2050, com crescimento de todas as cargas atualmente movimentadas como o trigo, que deve crescer 50%”, esclareceu a Diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, Mayhara Chaves.
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O Ministério da Infraestrutura fez um balanço dos avanços até aqui. Desde 2019 foram arrendadas 37 áreas portuárias, além de uma companhia docas desestatizada. Na avaliação do ministro Tarcísio de Freitas, essa é a certeza da missão cumprida. “Trabalhei com o
melhor time, que deu resultado o tempo todo, de gente que é apaixonada pelo que faz”, reforçou. Com a enxurrada de leilões, milhares de empregos foram e ainda serão gerados. “Obrigado ao melhor time do mundo”, agradeceu o ministro Tarcísio de Freitas.
Primeira privatização portuária do país, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi arrematada por R$ 106 milhões pelo Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Shelf 119 – Multiestratégica.
Os ativos leiloados nesta quarta-feira, em sessão pública na B3, em São Paulo, somaram mais de R$ 828 milhões em investimentos previstos. Foram concedidas áreas em Paranaguá (PR), Santos (SP) e Suape (PE), com outorgas de R$ 30 milhões, R$ 10 milhões e R$ 15 mil, respectivamente.
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