

Indústria de baixo carbono ganha força no Nordeste com ações da Cimento Apodi | Foto: divulgação
12 de novembro de 2025 — Em um cenário global de urgência climática, reforçado pela 7ª Carta da Presidência da COP30, que convoca o setor produtivo a “agir agora”, a Cimento Apodi se destaca como exemplo de transformação sustentável no Nordeste. Com ações que reduzem emissões, ampliam o uso de energia limpa e impulsionam a economia circular, a empresa mostra que sustentabilidade e competitividade são forças complementares.
A companhia, que opera unidades em Quixeré e no Complexo do Pecém (CE), demonstra na prática como o setor cimenteiro pode contribuir para a descarbonização industrial e reposicionar o Nordeste como polo estratégico da transição energética.
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Na unidade de Quixeré, a Apodi adota um conjunto de práticas alinhadas à agenda climática global: substituição de combustíveis fósseis por resíduos industriais e biomassa, uso de Inteligência Artificial (IA) para otimização energética, aproveitamento de resíduos da construção civil e monitoramento contínuo das emissões.
Essas medidas reforçam o compromisso da empresa com metas de baixo carbono de longo prazo, transformando o modelo produtivo em um exemplo de inovação sustentável para o setor industrial.
Um dos maiores investimentos recentes da Cimento Apodi é o parque solar próprio de 5 MWp, instalado em Quixeré. Com mais de 10 mil módulos fotovoltaicos distribuídos em 90 mil m², o sistema gera 8.858 MWh por ano, o suficiente para atender 10% da demanda elétrica da fábrica.
O projeto evita a emissão de 1.500 toneladas de CO₂ anuais, integrando-se à meta de atingir 25% de autossuficiência energética até 2025. Desse total, 18% virão da cogeração com gases quentes (Waste Heat Recovery – WHR) e 7% de energia solar.
O sistema WHR, tecnologia pioneira nas Américas, reaproveita o calor residual do processo de produção para gerar energia limpa, reduzindo custos e emissões — um marco de eficiência energética e inovação industrial.
A estratégia ambiental da Apodi também aposta no coprocessamento de resíduos, substituindo combustíveis fósseis por pneus triturados, biomassa e rejeitos industriais. Essa prática já garante 20% de substituição térmica, com meta de chegar a 25% até o fim de 2025.
“O que antes era resíduo hoje é recurso industrial. Transformamos passivos ambientais em soluções sustentáveis”, explica o CEO da Apodi, Sergio Maurício.
Com o sistema Cement Mill Optimizer (CMO), baseado em IA, a Apodi analisa 276 variáveis em tempo real, simulando milhões de combinações a cada 30 segundos para otimizar o desempenho dos moinhos e reduzir o consumo de energia.
Além disso, a empresa produz cimentos de menor intensidade de carbono, como os tipos CP III e CP IV, que utilizam escória siderúrgica e cinzas volantes — resíduos industriais reaproveitados que reduzem a emissão de CO₂ por tonelada de cimento.
Em parceria com o consórcio Ecofusion – Acelerador de Transição Industrial (ITA), a Apodi estuda a instalação de gaseificadores capazes de gerar energia a partir de resíduos, com potencial de reduzir em até 10% as emissões por tonelada de cimento.
“O Nordeste também pode liderar a transição para uma economia de baixo carbono. A inovação industrial não é privilégio das regiões mais tradicionais”, destaca Sergio Maurício.
Além das ações ambientais, a Cimento Apodi mantém programas sociais em Quixeré e Pecém, como o Construindo o Saber, em parceria com o SESI, que já beneficiou 149 alunos. Outros projetos, como Embaixadores do Diálogo, a UniApodi (universidade corporativa) e o apoio à Casa Sociocultural de Bom Sucesso, fortalecem o vínculo comunitário e o impacto social positivo.
Ao unir energia limpa, coprocessamento, IA e inovação social, a Cimento Apodi reforça o protagonismo nordestino na agenda climática global. Suas práticas traduzem os pilares da COP30: ação imediata, cooperação e transformação sustentável.
“Estamos provando que é possível crescer com responsabilidade. A sustentabilidade é o novo motor da competitividade industrial”, conclui Sergio Maurício.
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