

China amplia ofensiva econômica e provoca queda global nos mercados | Foto: Qilai Shen/Bloomberg
14 de outubro de 2025 — A China anunciou novas sanções contra cinco unidades norte-americanas da gigante sul-coreana Hanwha Ocean Co., aprofundando o conflito comercial com os Estados Unidos e gerando forte impacto nas bolsas de valores ao redor do mundo. As medidas foram interpretadas como mais um movimento de retaliação estratégica de Pequim em meio às disputas sobre o domínio marítimo e tecnológico entre as duas maiores economias do planeta.
De acordo com a Bloomberg, a decisão chinesa contribuiu para uma queda significativa nas ações globais, à medida que investidores reduziram as expectativas de uma possível trégua antes das próximas negociações comerciais entre Washington e Pequim. As ações da Hanwha Ocean encerraram o pregão em baixa de 6,2%, enquanto construtoras navais chinesas apresentaram recuperação parcial.
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O setor de transporte marítimo, responsável por mais de 80% do comércio internacional, tornou-se o novo campo de batalha econômica entre China e EUA. As duas nações já haviam imposto taxas portuárias especiais e restrições mútuas a embarcações, com os Estados Unidos buscando fortalecer sua indústria naval em parceria com aliados, especialmente a Coreia do Sul.
Deborah Elms, diretora da Hinrich Foundation, destacou que o embate “não se trata mais apenas de tarifas ou exportações, mas de quem tem acesso a quais mercados”. Segundo ela, a escalada das sanções coloca em risco “muito mais atividades econômicas do que antes”.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, criticou duramente as medidas de Pequim, afirmando que a China estaria “apontando uma bazuca para as cadeias de suprimentos globais”. Já o vice-ministro das Finanças da China, Liao Min, participa de reuniões em Washington e deve discutir o tema com autoridades norte-americanas nos próximos dias.
Em Seul, analistas alertam que as novas sanções pressionam a Coreia do Sul a escolher entre os dois blocos, o que pode gerar consequências profundas para sua economia. O economista Jung In Yun, da Fibonacci Asset Management Global, afirmou que “Pequim enviou um recado claro: se a Hanwha continuar colaborando com os EUA, terá de sacrificar seus negócios na China”.
A Hanwha Ocean, uma das maiores empresas de construção naval do mundo, vinha apoiando as iniciativas americanas para reaquecer o setor naval, em especial após os incentivos de US$ 150 bilhões prometidos por Seul. Agora, com as novas sanções, o mercado teme uma nova rodada de instabilidade, especialmente nos setores de logística, tecnologia marítima e minerais críticos.
As tensões entre China e EUA seguem crescendo, com impacto direto sobre o comércio global, os preços de commodities e a cadeia de suprimentos industrial.
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