Lula concede entrevista coletiva no Japão | Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou sua visita de Estado ao Japão na noite desta quarta-feira (26), dando uma entrevista aos jornalistas na manhã de quinta-feira (27) no país asiático. Ele foi questionado sobre a nova sobretaxa de 25% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre carros importados, medida que marca mais uma tentativa do governo norte-americano de impor tarifas no comércio internacional.
Lula criticou a medida, alertando que ela pode prejudicar a economia dos Estados Unidos ao elevar os preços e gerar inflação. “Essa decisão de taxar tudo o que os Estados Unidos importam pode ser prejudicial. Isso vai elevar o preço das coisas e pode gerar uma inflação que ele ainda não percebe”, afirmou o presidente brasileiro.
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Em relação à tarifa de 25% sobre o aço e alumínio brasileiros, Lula anunciou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele também indicou que, caso o recurso não traga resultados, o Brasil poderá adotar medidas retaliatórias com base na lei da reciprocidade.
Lula também se pronunciou sobre as negociações com o Japão para a exportação de carne bovina brasileira e reafirmou seu compromisso em fortalecer as relações comerciais entre o Mercosul e o Japão, com destaque para os avanços nas negociações que devem beneficiar ambos os blocos.
Em sua visita, o presidente brasileiro também participou de uma série de encontros, incluindo um jantar com o imperador do Japão, Naruhito, e a imperatriz Masako. Durante a agenda, Lula fez um apelo pela participação ativa do Japão na COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em 2025.
A comitiva brasileira, que inclui ministros, parlamentares e empresários, segue para o Vietnã, onde Lula continuará sua agenda internacional.
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