

Aleitamento materno é aliado da sustentabilidade e da saúde pública | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo
05 de agosto de 2025 – A Semana Mundial da Amamentação 2025 chama atenção para a importância do aleitamento materno na construção de um futuro mais sustentável. A campanha deste ano destaca que amamentar é um ato natural, renovável, ambientalmente seguro e que contribui para reduzir os impactos climáticos causados pela produção industrial de fórmulas infantis.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o aleitamento não gera resíduos, não depende de cadeias industriais poluentes e ajuda a preservar a vida. “Ao promovermos e protegermos a amamentação, estamos investindo em sistemas de cuidado que respeitam o meio ambiente e reforçam os compromissos com a saúde pública global”, explica João Aprígio Guerra de Almeida, coordenador da Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH).
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A Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH), coordenada pela Fiocruz, é considerada uma das maiores iniciativas globais de cooperação em saúde pública, sendo responsável por reduzir a mortalidade neonatal em diversos países. O modelo solidário, desenvolvido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tornou-se referência mundial em equidade e inovação social.
Somente em 2024, a rede realizou mais de 2,3 milhões de atendimentos a nutrizes em todo o país, além de 460,5 mil atendimentos em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares. Atualmente, o Brasil conta com 234 bancos de leite humano e 249 postos de coleta.
A doação de leite humano é essencial para a sobrevivência de bebês internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs), principalmente os prematuros e de baixo peso. Em 2024, foram coletados 245,8 mil litros de leite humano doados em todas as regiões do país, reforçando o papel da amamentação no combate ao desmame precoce e no cuidado neonatal intensivo.
Além de reduzir infecções respiratórias e gastrointestinais em bebês, o leite materno diminui o risco de doenças metabólicas e cardiovasculares no futuro. Para as mulheres, amamentar contribui para a recuperação pós-parto e reduz o risco de câncer de mama, entre outras condições de saúde.
Promover o aleitamento materno é garantir o direito à vida, à saúde e à qualidade de vida desde os primeiros dias do bebê.
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