

Dra Luciana Barros, coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde | Foto: Erika Mavignier
25 de outubro de 2025 — O Ministério da Saúde realizou, nesta sexta-feira (24), uma mobilização nacional pelo avanço no tratamento da hemofilia infantil. A ação busca reforçar a ampliação do uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. No Ceará, o movimento aconteceu no Hemocentro de Fortaleza, reunindo profissionais de saúde, associações de pacientes e representantes do governo estadual.
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De acordo com a coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Luciana Barros, a ampliação representa um marco na política pública de atenção à saúde infantil. “A ampliação do acesso ao Emicizumabe vai significar um tratamento mais qualificado, com menos punções venosas, menos sangramentos e menos complicações, garantindo mais qualidade de vida para essas crianças e suas famílias. Essa faixa etária é crítica, pois as crianças ainda não têm plena consciência dos limites físicos e acabam se expondo a mais riscos”, explicou.
Segundo Barros, mais de 30 famílias no Ceará terão acesso imediato ao novo tratamento, o que representa uma mudança significativa na rotina dos pacientes. “A gente vai ter realmente uma mudança na qualidade de vida dessas pessoas. Isso é o SUS”, comemorou.

O Emicizumabe já é oferecido pelo SUS para outras faixas etárias e agora poderá beneficiar mais de mil crianças em todo o país, reduzindo em mais de 90% os episódios de sangramento, diminuindo internações, prevenindo sequelas articulares e promovendo maior segurança e conforto às famílias.
O medicamento é aplicado por via subcutânea semanalmente, substituindo o tratamento intravenoso contínuo com o Fator VIII recombinante. A proposta de ampliação no SUS foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que ainda avalia o parecer final após receber contribuições favoráveis em consulta pública.
A mobilização promovida pelo Ministério da Saúde envolveu hemocentros, associações de pacientes e profissionais de saúde em cinco estados — Ceará, Pernambuco, Paraná, Pará e Bahia — além do Distrito Federal. A ação reforça o compromisso do SUS com a inovação, a equidade e o cuidado integral à infância, ampliando o acesso a tratamentos modernos e mais humanizados.
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