

Paulinho da Força afirmou que pretende conversar com governadores e líderes partidários para articular um relatório que consiga maioria | Foto: José Cruz/Agência Brasil
18 de setembro de 2025 – O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei sobre a anistia, afirmou que a proposta que será apresentada na Câmara não prevê uma anistia ampla, geral e irrestrita para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o parlamentar, a ideia é construir um texto que busque equilíbrio entre os diferentes blocos políticos.
“[Anistia] ampla, geral e irrestrita é impossível. Essa discussão foi superada ontem, após reunião de mais de três horas entre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e integrantes do PL. Vamos ter que fazer algo pelo meio, que não agrade nem a extrema direita, nem a extrema esquerda, mas que contemple a maioria da Casa”, declarou Paulinho.
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A principal polêmica envolve a possibilidade de incluir ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e outros crimes.
Aliados do PL defendem que a anistia beneficie também Bolsonaro e seus principais assessores, além dos financiadores dos atos. Já parte dos líderes da Câmara prefere restringir o alcance apenas aos manifestantes que depredaram os prédios dos Três Poderes.
Na última terça-feira (16), a Câmara aprovou o regime de urgência para a tramitação da proposta. Isso permite que o texto seja votado diretamente em plenário, a qualquer momento.
Paulinho da Força afirmou que pretende conversar com governadores e líderes partidários para articular um relatório que consiga maioria.
“Cabe a mim fazer esse meio de campo. Conversar com todos para que tenhamos um texto que agrade ao conjunto da Casa”, disse o deputado.
Questionado se a proposta se aproximaria mais de uma redução de penas do que de uma anistia, Paulinho respondeu:
“Já não estamos mais falando de anistia ampla.”
Além de Bolsonaro, generais, aliados e assessores do ex-presidente foram condenados pelo STF. O tribunal entendeu que Bolsonaro tentou pressionar as Forças Armadas a aderirem a um decreto que anulasse a eleição de 2022 e suspendesse os poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa tentativa de permanecer no poder.
As investigações também revelaram planos que incluíam até o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
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