

Ceará leva a voz da Caatinga ao centro das discussões globais sobre o clima | Foto: divulgação
08 de novembro de 2025 — A Associação Caatinga foi convidada para representar o bioma Caatinga na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. O diretor executivo Daniel Fernandes integrará o grupo de delegados nacionais com acesso à Zona Azul, espaço sob responsabilidade da ONU onde ocorrem as negociações oficiais, reuniões técnicas e plenárias finais.
Além de Daniel, a instituição também contará com a presença de Gilson Miranda, gestor da Reserva Natural Serra das Almas; Rayana Silva, analista de projetos socioambientais; e Otávio Fernandes, analista de comunicação. Eles participarão da Zona Verde, área dedicada à sociedade civil, com exposições, debates e apresentações de experiências que influenciam a formulação de políticas públicas ambientais.
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Durante o evento, a Associação Caatinga vai destacar suas ações voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e à adaptação sustentável das comunidades rurais do semiárido nordestino. Desde 1998, a organização desenvolve projetos de conservação e uso responsável dos recursos naturais, estimulando práticas produtivas que fortalecem a resiliência das populações locais frente aos impactos do aquecimento global.
De acordo com Daniel Fernandes, a trajetória da instituição tem sido essencial para reduzir a vulnerabilidade socioambiental do semiárido. “Por meio de ações de restauração ecológica, fortalecimento da sociobioeconomia, difusão de tecnologias de convivência com o semiárido e capacitação de famílias agricultoras, mostramos que é possível conservar a Caatinga e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento local”, destacou o diretor.
A presença da Associação Caatinga na COP 30 é vista como um marco para a valorização do único bioma 100% brasileiro. A instituição pretende debater temas como segurança hídrica, políticas públicas de conservação, refaunação de espécies ameaçadas e o papel do semiárido no sequestro global de carbono.
Um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) reforça a importância do bioma ao mostrar que, entre 2015 e 2022, a Caatinga foi responsável por cerca de 50% do sequestro de carbono do Brasil, mesmo ocupando apenas 10% do território nacional. Esses dados colocam o Ceará e o Nordeste no centro das soluções climáticas globais.

Para Daniel Fernandes, participar da COP 30 é uma oportunidade estratégica para colocar a Caatinga na mesa das decisões globais sobre o clima. “É o momento de apresentar dados e experiências que comprovam o papel fundamental do bioma na captura de carbono e na regulação térmica do planeta. Esse espaço define os caminhos para o financiamento de projetos ambientais, mecanismos de compensação e políticas de restauração ecológica. A presença da Caatinga é essencial para que o Brasil avance com soluções que respeitem os territórios e suas populações”, reforça o diretor.
A Associação Caatinga é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, criada em 1998, com a missão de conservar o bioma Caatinga, difundir suas riquezas naturais e inspirar pessoas a cuidar da natureza. A entidade atua na proteção da biodiversidade, fortalecimento de comunidades rurais e adaptação aos efeitos do aquecimento global, contribuindo para a construção de um semiárido sustentável e produtivo.
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