

Suprema Corte confirma condenação de Bolsonaro e encerra recursos | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
08 de novembro de 2025 — A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta sexta-feira (7), manter a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus no processo do Núcleo 1 da trama golpista. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Por 4 votos a 0, os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia rejeitaram os embargos de declaração, recursos apresentados pelas defesas com o objetivo de reverter as condenações e impedir o início das penas em regime fechado. O ministro Luiz Fux, que havia votado pela absolvição de Bolsonaro no julgamento anterior, não participou, pois passou a integrar a Segunda Turma do STF.
Com o resultado, o julgamento virtual foi encerrado, e o caso agora depende apenas da decisão do ministro Alexandre de Moraes para a execução das penas.
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A prisão definitiva de Bolsonaro e dos demais condenados só poderá ocorrer após o ministro Alexandre de Moraes declarar o trânsito em julgado do processo, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos. Ainda não há prazo definido para essa decisão.
Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão cautelar domiciliar devido a outro inquérito, o que investiga o chamado tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil. Caso a prisão definitiva seja decretada, Bolsonaro poderá cumprir pena no presídio da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial da Polícia Federal.
A defesa do ex-presidente, em razão do seu estado de saúde, pode solicitar que ele continue em prisão domiciliar, a exemplo do que ocorreu com Fernando Collor, que cumpriu pena em casa sob tornozeleira eletrônica por motivos médicos.
Além de Bolsonaro, o STF manteve a condenação dos seguintes réus:
Os condenados poderão cumprir as penas em quartéis das Forças Armadas ou em alas especiais da Papuda.
Já Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, não recorreu da condenação, pois assinou delação premiada e cumpre pena em regime aberto, sem tornozeleira eletrônica.
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