

Ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante cerimônia de posse para um terceiro mandato no cargo em Caracas, em 10 de janeiro de 2025 | Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Caracas, 23 de outubro de 2025 — O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o país possui mais de 5 mil mísseis do sistema de defesa aérea Igla-S, de fabricação russa, posicionados em pontos estratégicos do território nacional. A declaração foi feita durante uma cerimônia transmitida pela televisão estatal, em um momento de crescente tensão com os Estados Unidos, que intensificaram operações militares contra supostos traficantes de drogas no Caribe e no Pacífico.
Maduro afirmou que o arsenal é fundamental para “assegurar a paz, a estabilidade e a segurança do povo venezuelano”. Segundo o líder, os mísseis Igla-S — de uso portátil e capazes de abater aeronaves a baixa altitude — fazem parte da estratégia de defesa nacional diante do que o governo venezuelano classifica como “ameaças externas”.
O presidente destacou ainda que o país está “preparado para defender sua soberania” e que a Venezuela não permitirá violações de seu espaço aéreo. A fala ocorreu em um contexto de crescentes operações militares dos EUA, que vêm sendo interpretadas por Caracas como provocação e tentativa de intimidação.
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No mesmo dia, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, informou que as forças armadas americanas eliminaram cinco supostos traficantes durante ataques a duas embarcações no leste do Oceano Pacífico, como parte da campanha antidrogas do governo Trump.
Essas ações somam-se a pelo menos outros sete ataques recentes no Caribe, que resultaram em 32 mortes. Apesar disso, Washington divulgou poucas informações sobre as quantidades de drogas apreendidas ou as evidências que sustentariam as operações.
A escalada das ofensivas militares reacendeu tensões entre Estados Unidos, Venezuela e Colômbia, especialmente após declarações do ex-presidente americano Donald Trump, que reafirmou planos de atacar alvos em solo venezuelano caso “ameaças regionais” persistam.
Em resposta, Maduro negou qualquer envolvimento da Venezuela com o tráfico de drogas e classificou as ações americanas como uma “violação da soberania nacional”. Segundo ele, o país continuará reforçando sua capacidade de defesa com apoio de aliados estratégicos, como Rússia e China, e denunciando o que chamou de “política intervencionista” de Washington.
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